Mercado do Bolhão custou 50 milhões de euros, avança Rui Moreira

Rui Moreira divulga que o investimento no mercado do Bolhão ascendeu a 50 milhões de euros, contando com as várias intervenções complementares ao funcionamento do espaço.

A obra do mercado do Bolhão, no Porto, custou 50 milhões de euros, avançou o presidente da Câmara Municipal da Invicta, Rui Moreira, durante uma visita, exclusiva à imprensa, ao espaço comercial que abre ao público a 15 de setembro.

“A operação Bolhão tem a ver com tudo e, [portanto há] um investimento 50 milhões“, adiantou o autarca independente. Ou seja, além dos 26 milhões de euros – mais 15% do que já foi avançado – da empreitada de restauro e modernização do mercado adjudicada, foi investido o dobro, nomeadamente noutras obras necessárias ao funcionamento deste emblemático espaço comercial da cidade. “Tivemos várias intervenções: primeiro foi a obra do desvio da linha de água, depois a aquisição de duas caves [de dois prédios na Rua Formosa] para a construção do túnel de acesso à cave da logística, e as indemnizações e compensações que foram e ainda estão a ser atribuídas aos comerciantes”, descreveu Cátia Meirinhos, vice-presidente da empresa municipal GO Porto – Gestão e Obras do Porto, enquanto mostrava aos jornalistas o túnel do Bolhão, que vai ligar a Rua do Ateneu Comercial à cave logística deste mercado.

Só a empreitada de reabilitação do mercado do Bolhão custou, assim, mais 15% em relação aos 22,3 milhões de euros avançados inicialmente, disparando para os 26 milhões, segundo avançou Rui Moreira, momentos antes da visita guiada que contou ainda com a participação do arquiteto Nuno Valentim, autor do projeto.

Vão ter aqui muitas condições, porque isto estava a cair. Este mercado não tinha o mínimo de condições e só existia porque os comerciantes não queriam ir embora, senão tinha acabado.

Rui Moreira

Presidente da Câmara Municipal do Porto

Para Rui Moreira esta obra “tem dois patrimónios: o arquitetónico e cultural, que está salvaguardado, e depois o imaterial que são as pessoas“. Segundo o autarca, foi feito “um trabalho muito exaustivo antes de os comerciantes saírem e irem para o mercado temporário”, situado a escassos metros. “Vão ter aqui muitas condições, porque isto estava a cair. Este mercado não tinha o mínimo de condições e só existia porque os comerciantes não queriam ir embora, senão tinha acabado”, assegura Rui Moreira.

Antes de sair do mercado e deixar Cátia Meirinhos e Nuno Valentim a orientar a visita, Rui Moreira destacou a acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, os 12 elevadores, a nova ponte de passagem sobre as bancas dos comerciantes e a cave logística. Assim como a passagem intermédia que atravessa e liga as ruas Alexandre Braga e Sá da Bandeira, e uma nova entrada direta ao mercado a partir da estação do metro do Bolhão. Além da criação de três praças de acolhimento dos visitantes.

A dois meses da reabertura do emblemático mercado da Invicta, a cave logística está operacional para ser palco das cargas e descargas, pondo um ponto final nos antigos constrangimentos ao trânsito. “Esta cave foi escavada para cargas e descargas, para entrarem até camiões de 18 toneladas para abastecer o mercado”, realçou o arquiteto.

O mercado de frescos no piso térreo, os restaurantes no andar superior e as lojas voltadas para o exterior são mais algumas das novidades desta empreitada.

“Os visitantes vão ficar surpreendidos com a qualidade original e identitária que o Bolhão sempre teve”, realçou o arquiteto, dando o exemplo dos três criptopórticos, enquanto explicava: “A partir deste portão já estamos debaixo da Rua Sá da Bandeira”.

O mercado vai apresentar-se, assim, de cara lavada, em setembro, com 81 bancas, 38 lojas e 10 restaurantes. O espaço vai ser gerido pela empresa municipal GO Porto – Gestão e Obras do Porto, que também geriu a empreitada de restauro e modernização do mercado do Bolhão.

Entretanto já foi lançada a marca Bolhão, da autoria do Studio Eduardo Aires com o logótipo a incorporar o ADN do Bolhão e os seus elementos arquitetónicos. E que o presidente da Câmara do Porto disse ter “estado guardada a sete chaves”.

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