Pranchas de bodyboard portuguesas vão “surfar” Austrália e EUA

As pranchas de bodyboard que prometem melhorar o desempenho dos praticantes vão ser produzidas na Indonésia, no maior produtor mundial. Estão prestes a chegar ao mercado australiano e norte americano.

Confrontados com a aparente falta de flexibilidade das pranchas de bodyboard, o vimaranense Paulo Pinheiro e o lisboeta Tiago Nunes, apaixonados pela modalidade e praticantes há mais de 30 anos, desenvolveram um sistema que elevou o nível tecnológico das pranchas de bodyboard. O mecanismo inovador intitulado de hexasystem melhora o desempenho no mar, a durabilidade das pranchas e a evolução dos bodyboarders.

Nos últimos 20/30 anos não houve nenhuma verdadeira inovação nas pranchas de bodyboard, nem nos modelos, nem nas especificações. Não houve evolução, nem investimento no desporto e a maioria das pranchas usadas hoje em dia têm a mesma tecnologia usada há 20 anos. Com a panóplia de novos materiais e máquinas era óbvio que dava para melhorar a flexibilidade e a velocidade das pranchas. Conseguimos desenvolver uma prancha mais rápida e mais flexível do que as outras”, conta ao ECO/Local Online, Tiago Nunes, um dos fundadores do sistema.

Paulo Pinheiro e Tiago Nunes, fundadores do sistema Hexasystem

Tiago Nunes, que foi competidor de bodyboard e patrocinado por marcas como a Quiksilver, O’Neill, entre outras, revela que estão prestes a entrar na Austrália e EUA. “Estamos em negociações com parceiros na Austrália e nos EUA para comercializar as nossas pranchas. São os países com mais número de bodyboarders. São mercados muito apetecíveis para nós“, revela o empreendedor.

Esta é a primeira grande inovação que há no bodyboard nos últimos 20 anos.

Tiago Nunes

Um dos fundadores Hexasystem

Tiago Nunes é skipper e Paulo Pinheiro é formado em engenharia e tem uma agência de publicidade em Guimarães, a Pop. Apesar das carreiras profissionais, assumem-se como verdadeiros apaixonados pelo desporto. Conscientes que as pranchas de bodyboard podiam ser mais rápidas e mais flexíveis, investigaram o problema durante cerca de um ano e acabaram por desenvolver este mecanismo. A estrutura do hexasystem é desenvolvida em forma de ‘favo de mel’, funcionando como um esqueleto dentro do bloco, permitindo que a prancha se adapte às mudanças de pressão exercidas pelo atleta e pela onda do mar. “Esta é a primeira grande inovação que há no bodyboard nos últimos 20 anos”, realça Tiago Nunes.

Os protótipos foram testados durante alguns meses por praticantes de vários níveis de bodyboard e em diferentes tipos de ondas, entre eles está o Barella, um dos principais competidores do desporto em Portugal e uma “verdadeira lenda nos super tubos”, que “desde que experimentou a prancha com o sistema hexasystem nunca mais usou outra”, diz com orgulho Tiago Nunes. André Leite, antigo competidor de bodyboard e o jovem atleta Afonso Rodrigues foram alguns dos que testaram a prancha com este sistema.

As pranchas de bodyboard custam entre 450 e os 550 euros euros. Em oito meses já foram vendidas cerca de 80 unidades na Refresh Boards, em Peniche. Devido à falta de capacidade de produção da Refresh Boards, os empreendedores vão começar a fabricar as pranchas na Indonésia através do “mais conceituado produtor mundial”. A primeira encomenda vinda do país asiático deve chegar em novembro. As pranchas serão vendidas nas lojas da especialidade e através do site hexasystem que deve estar online dentro de um mês.

Para além da prancha com o sistema hexasystem, Tiago Nunes diz ao ECO que a tecnologia pode ser aplicada em outros produtos dentro da modalidade, havendo planos para alargar oferta e continuar a “inovar dentro do bodyboard“.

Os fundadores do sistema hexasystem, juntamente com mais dois amigos, fundaram há três anos, o BBV Portugal que já conta com três mil membros. “Somos a maior organização de bodyboard em Portugal”, conclui Tiago Nunes.

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