Projeto de hotel nas Galerias Lumière no Porto tem luz verde do património cultural
A decisão final compete agora à Câmara Municipal do Porto, enquanto entidade licenciadora, segundo a DRCN. Autarquia está a apreciar o projeto.
O projeto de arquitetura do hotel a instalar nas Galerias Lumièrie, no Porto, obteve parecer favorável da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), aguardando agora decisão final dos serviços municipais onde o processo se encontra em apreciação.
“A Direção Regional de Cultura do Norte emitiu parecer favorável ao projeto”, indicou, em resposta à Lusa, o património cultural após análise de um aditamento solicitado, em 25 de julho, aquando da emissão do último parecer.
À data, a DRCN emitiu um parecer favorável condicionado à submissão de um aditamento com esclarecimentos e correções, nomeadamente sobre os materiais a aplicar no exterior do edifício e localização do sistema de AVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado), entre outros.
De acordo com a informação prestada à Lusa, o aditamento em questão deu entrada nos serviços em 29 de setembro, tendo merecido, após análise, parecer favorável. A decisão final, sublinha a DRCN, compete agora à Câmara Municipal do Porto, enquanto entidade licenciadora. Questionada, a autarquia indicou não ter sido “ainda tomada” nenhuma decisão, “encontrando-se o projeto em fase de apreciação”.
As Galerias Lumière – onde chegou a funcionar, nos anos 70, um cinema – estão implantadas numa zona geral de proteção do Depósito de Materiais da Fábrica das Devesas, o que obriga a um parecer da Cultura.
Depois de um primeiro parecer desfavorável em janeiro de 2020, em maio daquele ano a autarquia acabou por emitir parecer favorável ao Pedido de Informação Prévia (PIP) para a unidade hoteleira, cujo projeto foi alterado para manter a galeria comercial, de ligação entre os dois arruamentos, ao nível do piso térreo”, esclareceu, à data, a câmara do Porto.
Na mesma altura, a DRCN também deu luz verde ao projeto. Após este parecer, sobre o Pedido de informação Prévia [PIP] foi submetido o projeto de arquitetura em 2022”, tendo o mesmo merecido “parecer favorável condicionado a reformulações”, a 25 de agosto daquele mesmo ano.
O último parecer, emitido a 25 de julho, condicionava a aprovação do projeto a esclarecimentos e correções, entre os quais a identificação “com rigor” de todos os materiais a manter ou a aplicar, assim como as respetivas cores, em todo o exterior do edifício que será mantido “muito próximo do existente”.
O projeto deverá ainda “ter uma abordagem construtiva mais abrangente, que se detenha com detalhe na caracterização da cobertura retrátil do saguão e homogeneíze com um revestimento com godo todas as outras coberturas”.
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