Oliveira de Azeméis está a alugar autocarros devido a falhas da Unir
Autarquia propôs, em novembro, à AMP "o adiamento da entrada em funcionamento da rede, tendo em consideração os atrasos na divulgação das novas linhas e horários, e a falta de viaturas e motoristas".
O município de Oliveira de Azeméis está a alugar cinco autocarros para assegurar percursos não previstos pela nova rede de transportes Unir, revelou esta terça-feira a autarquia, na expectativa de que a Área Metropolitana do Porto (AMP) corrija a situação.
A informação da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis (distrito de Aveiro) foi remetida à Agência Lusa na sequência das críticas da estrutura local do Partido Comunista Português (PCP) que fala em “abundantes episódios de incumprimentos” nas viagens da rede Unir entre Oliveira de Azeméis e Porto.
A autarquia reconheceu a existência de vários problemas desde o arranque da operação a 1 de dezembro e, nesse contexto, revelou: “Como forma de mitigar os impactos negativos decorrentes da entrada em vigor da operação, a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis está a recorrer ao aluguer de cinco autocarros para assegurar percursos e linhas não previstas na rede Unir, nomeadamente os que impactam no transporte escolar”.
Realçando que ainda em novembro propôs à AMP “o adiamento da entrada em funcionamento da rede, tendo em consideração os atrasos na divulgação das novas linhas e horários, e a falta de viaturas e motoristas que possibilitassem o pleno funcionamento” do novo serviço, a autarquia diz agora que as suas preocupações se confirmaram.
“Desde o arranque da operação, a câmara tem acompanhado diretamente um conjunto de reclamações, cobrindo desde alteração de rotas até horários incompatíveis com as dinâmicas da população”, explica a autarquia liderada pelo PS.
Com base nas análises às reclamações recebidas, até 15 de dezembro o município solicitou à AMP “alterações em 25 das cerca de 50 linhas” em funcionamento no concelho, o que abrange pedidos de alterações de horários, de correções de percursos, de criação de linhas em falta “e até a supressão de linhas desadequadas”.
Apesar dessas falhas, a câmara diz ter “a firme expectativa de que a reorganização em curso dos horários venha a contemplar todas as alterações propostas”, que, nesta fase, visam “mitigar os problemas no curto prazo”.
Contactada pela Lusa a propósito das falhas denunciadas pelo PCP, a AMP confirmou esta segunda-feira a existência de problemas em Oliveira de Azeméis, assegurando estar “a trabalhar para corrigir todas as situações e garantir um serviço eficiente e de qualidade a todos os utilizadores, implementando medidas que incluem ajustes operacionais, reforço da frota e horários”.
“Apesar de a equipa da mobilidade da AMP ser reduzida, estamos a trabalhar em estreita colaboração com as autarquias e com os operadores para garantir uma resposta célere e eficaz às diferentes solicitações que nos chegam”, concluiu.
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