Hoteleiro do Algarve “democratiza” condições negociais entre empresas

Lançada pelo dono do Hotel Alísios, a Winds nasceu no Algarve para facilitar o comércio "justo" entre empresas. A plataforma já está presente nos 18 distritos e prepara-se para entrar nas ilhas.

José Carlos Leandro, hoteleiro do Algarve, percebeu que existia uma discrepância muito grande nas condições negociais entre as pequenas e as grandes empresas. Consciente deste problema, criou em 2019 a Winds, um marketplace que tem como objetivo facilitar o comércio justo entre empresas de todas as dimensões e localizações. A plataforma tem 110 compradores e 152 vendedores. Até ao final do ano, a plataforma 100% portuguesa quer alargar o serviços às regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Lançada inicialmente no Algarve pelo dono do Hotel Alísios, localizado em Albufeira, e com foco no setor hoteleiro, a Winds está presente nos 18 distritos portugueses e em vários setores de atividade, de que se destacam alimentar, energia, materiais de escritório, segurança, informática, químicos e materiais de construção.

“Isto tornou-se um fenómeno e as empresas começaram a saber deste projeto e a querer aderir”, conta ao ECO Miguel Segarra, responsável de marketing e comunicação da Winds. Em cinco anos, contabiliza que a plataforma já movimentou mais de 52,9 milhões de euros, facilitando vendas e transações entre empresas em todo o país.

Com um total superior a 201 mil encomendas efetuadas até setembro de 2024, a plataforma da Winds encontra-se disponível 24 horas por dia, sete dias por semana. Entre os clientes estão fornecedores de alimentos e bebidas como a Sogenave, a Aviludo e a Nestlé. São as empresas que ficam responsáveis pelo transporte da mercadoria.

Para aceder à plataforma Winds, o comprador tem uma subscrição de 25 euros por mês, enquanto as empresas vendedoras pagam 3% sobre o total das vendas realizadas na Winds.

Com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, a Winds promove um ambiente comercial mais equitativo e acessível aos compradores, ao garantir a possibilidade de pagamento até 120 dias, sem juros, enquanto os vendedores recebem o valor das vendas a pronto pagamento.

“Isto é um benefício muito grande para as empresas compradoras”, afirma o responsável de marketing e comunicação da Winds. Miguel Segarra detalha ao ECO que “quem compra paga a quatro meses e quem compra tem o dinheiro creditado na sua conta no dia seguinte”.

Miguel Segarra, responsável de marketing e comunicação da Winds.Winds

“Não há nenhuma plataforma que seja concorrente da Winds”, afirma Miguel Segarra. “Este processo faz com que as empresas recebam no dia seguinte e que não precisem de andar atrás dos clientes porque as faturas já venceram”, realça o responsável de marketing da Winds.

É o único marketplace online na Europa, onde empresas de todos os setores, independentemente da sua dimensão, podem negociar em igualdade de circunstâncias.

Miguel Segarra

Responsável de marketing e comunicação da Winds

A empresa, que emprega oito pessoas, prepara-se para expandir a plataforma para as regiões autónomas da Madeira e dos Açores até ao final do ano. O porta-voz adianta que a Winds já tem empresas nacionais que fazem entregas nas ilhas, mas que o objetivo passa por terem fornecedores e compradores nesses locais, de forma a “dinamizar o comércio regional”.

“É o único marketplace online na Europa, onde empresas de todos os setores, independentemente da sua dimensão, podem negociar em igualdade de circunstâncias”, conclui Miguel Segarra.

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