CTS e Eaton investem 50 milhões de euros em Viana do Castelo e criam 500 empregos
Futura fábrica sustentável do norueguês CTS e da norte-americana Eaton, em Viana do Castelo, vai produzir unidades de distribuição de energia elétrica para data centers, e criar 500 empregos.
O norueguês CTS e a norte-americana Eaton vão investir 50 milhões de euros numa fábrica em Viana do Castelo, onde vão produzir unidades de distribuição de energia elétrica (EPOD’s) para fornecer data centers. A futura unidade NordicEpod vai criar 500 empregos e deverá começar a funcionar a 1 de fevereiro de 2026, anunciou esta segunda-feira o presidente da câmara, Luís Nobre.
A NordicEpod, que resulta de um consórcio da norueguesa CTS e da americana Eaton deverá produzir, por ano, cerca de 450 EPOD’s, atingindo um volume de negócios de 650 milhões de euros anuais, calcula o autarca de Viana do Castelo, citado num comunicado após a apresentação do projeto.
Grande parte da produção (90%) destina-se ao mercado externo, sobretudo Europa e Médio Oriente.
Esta será a segunda fábrica do género da NordicEPOD, que resulta de um consórcio da CTS e Eaton, e será também a maior do grupo já que irá ultrapassar a dimensão e a produção da unidade fabril localizada em Hanekleiva, na Noruega.
Teremos criação de riqueza a partir de Viana do Castelo, com mão de obra qualificada, e com potencial a chegar a todo o mundo.
A nova unidade será instalada numa área total de 110 mil metros quadrados, com área construída de 21 mil metros quadrados. A fábrica vai iniciar laboração, dentro de um ano, com um mínimo de 500 postos de trabalho, com uma área de produção de EPOD’s e uma segunda área de quadros elétricos.
As duas empresas estrangeiras pretendem com este projeto “ajudar a posicionar Portugal como líder global em tecnologia inovadora e sustentável”. A fábrica deverá ainda fortalecer a cadeia de abastecimento local, colaborando com empresas nacionais e integrando-as no ecossistema do projeto.
“A unidade vai também alavancar o Porto de Viana do Castelo, que será o principal hub de exportações globais“, referem as duas empresas num comunicado conjunto. O que vai ao encontro das pretensões do autarca Luís Nobre: “Precisamos deste projeto para tornar o nosso Porto de Mar num fator de competitividade, robusto, com capacidade de servir os nossos agentes económicos”.
Por tudo isto, o presidente da câmara está convicto de que este projeto irá contribuir para a dinamização da economia local. “Esta é uma indústria inovadora, de futuro, que terá enorme impacto na nossa economia”, sustenta. “Teremos criação de riqueza a partir de Viana do Castelo, com mão-de-obra qualificada, e com potencial a chegar a todo o mundo.”
A este propósito Filip Schelfhout, CEO do CTS, confirma que Portugal é um país estratégico para o grupo. “A NordicEpod Portugal é um projeto estruturante a nível mundial no setor dos data centers, e que vai criar empregos e contribuir significativamente para a economia portuguesa, fomentando as exportações nacionais e a internacionalização das empresas”, assinala, citado na mesma nota.
Já Ciarán Forde, vice-presidente da Eaton de Strategic Accounts & Alliances, acrescenta, por sua vez, que esta “unidade NordicEpod Portugal será um exemplo de indústria sustentável, incorporando um conjunto de práticas que são referência a nível mundial, mas também contribuindo com as suas soluções para ajudar a indústria de data center mundial a melhorar a sua pegada ecológica”.
Com presença em Portugal e em mais de 175 países, a norte-americana Eaton fornece soluções inovadoras e sustentáveis para os setores elétrico, hidráulico e mecânico.
Considerado uma das maiores empresas de desenho e construção de data centers na Europa e nos países nórdicos, o CTS Group conta com escritórios e projetos em 11 países, entre Noruega, Finlândia, Suécia, Dinamarca, Irlanda, Suíça, Portugal, Alemanha, Espanha, França e Itália.
O CTS Europe já estabeleceu parcerias estratégicas com empresas nacionais, entre as quais a MecWide, contribuindo para a sua expansão internacional. Em 2024, atingiu um volume de negócios de cerca de 900 milhões de euros.
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