
Bernard Arnault entrega Moet Hennessy ao filho, Alexandre. Missão: ressucitá-la!
É o braço do grupo LVMH com piores resultados e uma tarefa diplomática mais espinhosa: as tarifas norte-americanas.
MH. São as duas letras com pior desempenho quando se fala do grupo de luxo LVMH e o assunto suscitou mudanças na companhia. Alexandre, um dos cinco filhos de Bernard Arnault, e, como todos, na calha para suceder ao pai, passou em fevereiro para a Moet Hennessy, companhia de champanhes, espirituosas e vinhos, e tem agora como missão ressuscitar esta divisão do grupo – a que apresentava piores resultados e que agora enfrenta uma guerra de tarifas com os EUA.
Não por acaso, Alexandre Arnault, 33 anos, acompanhou o pai na semana passada até Washington para a tomada de posse de Steve Witkoff como enviado ao Médio Oriente. Trump referiu-se a ele como “o futuro” e terá mantido uma reunião com pai e filho. A LVMH, contactada pela Reuters, declinou comentar o encontro.
A guerra tarifária pode afetar produtos de origem protegida como os champanhes Moet Hennessy que só podem ser produzidos na região demarcada com o mesmo nome, em França. As tarifas são agora de 10% e podem chegar aos 20% em junho.
A Moet Hennessy fechou 2024 com um dos piores resultados do grupo, cerca de seis mil milhões de dólares de volume de negócios e, pelo segundo ano consecutivo, em queda.
Alexandre Arnault chegou em fevereiro à Moet Hennessy, ao lado de um dos homens de confiança de Bernard Arnault, Jean-Jacques Guiony. Uma das primeiras medidas foi anunciar cortes na MH e concentrar os orçamentos de marketing nas grandes marcas. O novo administrador afirmou que a divisão de ultra luxo da empresa de bebidas será autonomizada e ficará diretamente sob a sua alçada.
O executivo estava até agora na joalheira Tiffany e é um dos cinco filhos de Bernard Arnault que desempenham cargos na LVMH. Delphine, 50 anos, é CEO da Dior. Antoine, 47, é diretor de comunicações. Frederic, 30, tornou-se recentemente CEO da Loro Piana e Jean, lidera o marketing dos relógios Loius Vuitton. Qualquer um deles lhe pode vir a suceder, embora, para já, Bernard Arnault, 76 anos, não dê mostras de querer sair.
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