“Big Four” multadas em 8,5 milhões por fraude em exames internos
As unidades da Deloitte, PwC e EY nos Países Baixos têm de pagar 8,5 milhões de dólares depois de o regulador ter descoberto que "centenas" de colaboradores cometeram fraude em exames internos.
O regulador norte-americano multou as unidades da Deloitte, PwC e EY nos Países Baixos em 8,5 milhões de dólares (cerca de 7,3 milhões de euros) depois de ter apurado que “centenas” de colaboradores cometeram fraude em exames internos, incluindo em testes relacionados com a ética profissional.
O Financial Times (acesso pago) escreve que o Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB), a entidade que regula as auditoras nos EUA, disse que funcionários, partners e até alguns responsáveis com posições de liderança partilharam respostas de forma indevida ou colaboraram de alguma forma em testes necessários para atingir requisitos internos.
O PCAOB diz ter identificado esta fraude em testes que tinham como objetivo garantir que os colaboradores estavam atualizados sobre os padrões de auditoria e contabilidade e que compreendiam os requisitos de ética profissional. Uma conduta que persistiu entre 2018 e 2022. As empresas disseram que as punições aplicadas aos funcionários envolvidos neste caso variaram entre advertências por escrito a demissões.
No caso da Deloitte, o PCAOB diz que “um membro do conselho executivo que ocupava o cargo de Chief Quality Officer demitiu-se em outubro de 2023 depois de a empresa ter descoberto que recebeu respostas de um teste obrigatório pouco tempo antes de o realizar“.
Um partner da PwC também foi afastado de um “cargo de liderança depois de a empresa ter descoberto que este partner e outro colega se juntaram enquanto faziam um teste obrigatório“, indica o regulador.
Este caso acabou por levar o PCAOB a aplicar uma coima total de 8,5 milhões de dólares. A PwC e a Deloitte terão de pagar três milhões de dólares, cada, e a EY terá de pagar 2,5 milhões de dólares.
O regulador diz que vai impor um programa de supervisão para monitorizar o nível de compliance das três auditoras e “explorar outras mudanças apropriadas na cultura da empresa”.
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