Barreiro terá 486 casas de renda acessível dentro de dois anos. Obra de 85 milhões a cargo de privado

Município do Barreiro quer construir 800 casas a rendas acessíveis e pediu ajuda aos privados. A Cosmos Sideral já garantiu a construção de 486 imóveis orçados em mais de 85 milhões de euros.

A Câmara Municipal do Barreiro vai disponibilizar, dentro de dois anos, 486 novas habitações para arrendamento acessível, no âmbito de um desafio lançado em junho ao mercado privado e num investimento superior a 85 milhões de euros suportados por uma empresa de construção. O valor máximo das rendas deverá rondar entre 500 e 875 euros, dependendo da tipologia do imóvel.

A autarquia garante ser “o primeiro município do país a implementar um programa de subarrendamento acessível em tão larga escala, no âmbito de um edital municipal com participação do setor privado“. Em junho deste ano, o município, liderado pelo socialista Frederico Rosa, iniciou assim uma consulta ao mercado privado para celebrar contratos de arrendamento de um total de 800 casas destinadas ao arrendamento municipal acessível.

A empresa Cosmos Sideral foi uma dos participantes nesta consulta do mercado cuja proposta foi aprovada e enquadrada no modelo de subarrendamento municipal. Num investimento superior a 85 milhões de euros, a empresa vai construir 486 casas na Quinta dos Fidalguinhos, que serão entregues de forma faseada à autarquia e integrados na estratégia local de habitação acessível.

A empresa constrói e depois aluga as casas à autarquia que, por sua vez, garante o arrendamento na totalidade dos fogos.

Rui Braga

Vice-presidente da Câmara Municipal do Barreiro

O município será depois a entidade arrendatária. De acordo com a legislação em vigor, o valor máximo das rendas deverá variar entre os 500 e os 875 euros, dependendo da tipologia.

O vice-presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Rui Braga, explicou ao ECO/Local Online que, no âmbito desta medida lançada pela autarquia, “a empresa constrói e depois aluga as casas à autarquia que, por sua vez, garante o arrendamento na totalidade dos fogos”, acautelando, desde logo, que esta “não é nenhuma situação de privilégio [a privados]”.

Segundo a autarquia, esta “iniciativa é concretizada pelo Regulamento Municipal de Arrendamento Acessível (RMAA), que aprofunda o Programa de Apoio ao Arrendamento, de âmbito nacional, e visa dar resposta à crescente pressão no mercado de arrendamento, garantindo que famílias com rendimentos médios e intermédios possam ter acesso a habitação digna no concelho“.

Além das 486 casas, o promotor desta operação urbanística vai ainda construir uma nova rotunda junto ao Hospital do Barreiro de modo a melhorar a fluidez do trânsito e a mobilidade nesta zona, sobretudo nos horários de maior tráfego.

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