Hospital de Ponta Delgada reduz passivo em 2021 para 88 milhões de euros
O Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, conseguiu reduzir o passivo, em 2021, para 88 milhões de euros contra os 105 milhões de euros de 2020.
O Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, em São Miguel, reduziu o seu passivo, passando de 105 milhões de euros, em 2020, para 88 milhões de euros, em 2021, divulgou, esta terça-feira, a instituição.
De acordo com uma nota sobre o relatório de contas de 2021 do maior hospital dos Açores, o documento “reflete a dureza de um ano claramente marcado pela pandemia” da Covid-19, mas “ao mesmo tempo o enorme esforço” na recuperação da atividade assistencial e “o foco na imprescindível reabilitação financeira da sua componente como empresa do setor público regional”.
De acordo com o relatório agora divulgado, do total do passivo a maior fatia refere-se a fornecedores, cujo valor da dívida é de quase 59 milhões de euros.
“Entre os vários aspetos em que se nota uma alteração de rumo, registe-se a redução do prazo médio de pagamento aos fornecedores, que baixou de 386 dias para 308 dias [quase três meses de redução]”, é assinalado na nota divulgada pelo HDES.
No documento é ainda indicado que o HDES recebeu, ao abrigo do contrato programa com o Governo, 150 milhões de euros e houve a transferência de quatro milhões de euros para fazer face ao combate à Covid-19, para o programa CIRURGE (Plano Urgente de Cirurgias) e para o subsídio social de mobilidade.
No relatório e contas é também realçado que, em 2021, as consultas hospitalares na maior unidade de saúde dos Açores apresentaram um aumento, “contribuindo para isto o incremento do número de consultas médicas em cerca de 16%”.
Por outro lado, a lista de espera para consulta teve um decréscimo, em 2021, de 8,8% (menos 815 consultas em relação a 2020).
A saúde financeira da instituição foi reabilitada.
Em 2021, o número de atendimentos no serviço de urgência apresentou um aumento de cerca de 20%, em relação a 2020, com “um total de 85.265 doentes atendidos”, lê-se no relatório.
As áreas médica e da Covid-19 representaram 54% dos atendimentos no serviço de urgência do Hospital de Ponta Delgada.
O documento revela igualmente que, em 2021, se registou “um incremento exponencial da produção cirúrgica com mais 1.251 cirurgias realizadas” do que em 2020, ano em que houve 5.693 cirurgias. Em 2021, realizou-se um total de 9.092 cirurgias.
A lista de espera cirúrgica contabilizava, em 31 de dezembro de 2021, um total de 10.889 utentes inscritos, representando uma diminuição de 10,6% em relação a 2020.
Ao longo de 2021, foram contratados para o Hospital de Ponta Delgada 260 novos colaboradores, entre os quais 82 enfermeiros, 68 assistentes operacionais e 64 médicos, incluindo internos de formação geral e específica.
Numa mensagem no início do relatório e contas, a presidente do conselho de administração do Hospital de Ponta Delgada, Cristina Fraga, destaca que “a saúde financeira da instituição foi reabilitada“, assinalando ainda que, ao longo da “terrível fase de pandemia, toda a equipa do HDES demonstrou o seu compromisso inabalável”.
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