Seguradoras ajudam a implementar ESG
As seguradoras, ao promoverem práticas ESG através da oferta de produtos sustentáveis, estão a construir um ecossistema empresarial mais resiliente e sustentável. As PME só têm a ganhar.
As seguradoras têm um papel vital na promoção e consolidação dos princípios ESG nas PMEs e microempresas. Este setor pode atuar de diversas maneiras para ajudar as PME a integrar práticas sustentáveis nos seus processos.
- Enquanto empresa: as seguradoras devem ser modelos de responsabilidade ao implementar princípios ESG nas suas próprias operações. Isto inclui garantir a sustentabilidade nos seus processos internos, como na gestão de recursos e na redução da sua pegada ambiental.
- Enquanto investidor: como grandes investidores institucionais, as seguradoras têm a responsabilidade de direcionar capital para empresas que adotam práticas sustentáveis. O investimento responsável deve excluir setores que não respeitam os direitos humanos ou que estão associados a atividades ilegais. Assim, as seguradoras podem impulsionar o crescimento de negócios que valorizam a sustentabilidade.
- Enquanto seguradores: a oferta de produtos e serviços sustentáveis é outro meio significativo de influência. Produtos como seguros para veículos elétricos ou seguros de responsabilidade civil ambiental refletem a adesão a práticas ESG e incentivam as PMEs a adotar soluções mais sustentáveis.
A colaboração entre seguradoras e PME revela-se essencial para criar um ecossistema empresarial que respeita os princípios ESG e que promove um futuro mais sustentável. Esta parceria estratégica, cada vez mais relevante no atual cenário económico e social, pode moldar o desenvolvimento sustentável das empresas, ao mesmo tempo que fortalece a resiliência do setor empresarial.
1. Incentivar a sustentabilidade através de produtos e serviços
As seguradoras, ao desenvolverem produtos que respondem diretamente às necessidades ESG, têm um papel central na promoção de práticas empresariais mais responsáveis. Um exemplo são os seguros ambientais, que incentivam as PME a adotar práticas que minimizem os seus impactos ecológicos, como a gestão eficiente de resíduos ou a redução das emissões de carbono. Por outro lado, seguros de responsabilidade social, como os seguros de vida e de saúde, contribuem para o bem-estar dos trabalhadores, e reforçam a dimensão social do ESG.
Outro ponto importante é a oferta de seguros para tecnologias limpas, como os seguros para veículos elétricos ou energias renováveis. Estes produtos promovem a transição energética e oferecem às PME oportunidades de inovar no mercado, ao mesmo tempo que contribuem para a redução da pegada de carbono.
2. Investimentos responsáveis
As seguradoras, enquanto grandes investidores institucionais, têm um papel determinante ao orientarem os seus investimentos para empresas que adotam práticas ESG. O conceito de investimento sustentável assenta na exclusão de setores que não respeitam estes critérios, como a indústria do armamento ou empresas envolvidas em práticas ilegais ou eticamente questionáveis, como a exploração de mão-de-obra infantil. Ao canalizar o capital para empresas que respeitam os princípios ESG, as seguradoras promovem um efeito positivo no ecossistema empresarial.
Ao apoiar empresas que se comprometem com a neutralidade carbónica e a responsabilidade social, as seguradoras ajudam as PME a aceder a fontes de financiamento sustentáveis. Este incentivo é importante, numa altura em que o investimento responsável é visto como uma das soluções para equilibrar o crescimento económico com a preservação do meio ambiente e a justiça social.
3. Educação e sensibilização para a gestão de riscos
A gestão de riscos é um dos pilares fundamentais na sustentabilidade das PME, e as seguradoras, com a sua vasta experiência na área, podem ter um papel educativo essencial. Ao oferecerem formação específica sobre ESG e sobre a mitigação de riscos associados às alterações climáticas, às crises sociais ou à má governança, as seguradoras contribuem para preparar as PME para desafios futuros.
Além disso, as seguradoras podem atuar como consultoras, ao ajudar as empresas a integrar estratégias de gestão de risco mais eficazes e alinhadas com os princípios ESG. A adoção de planos de continuidade de negócios, que incluam medidas de prevenção contra catástrofes ambientais ou crises económicas, é um exemplo de como as seguradoras podem influenciar positivamente a resiliência das PME.
4. Promoção de práticas de boa governança
A governança corporativa é outro elemento-chave na criação de um ecossistema sustentável. As seguradoras podem incentivar as PME a adotar práticas de gestão transparentes e éticas, e promover uma cultura de responsabilidade e integridade. A separação clara entre a gestão e os acionistas, a transparência nas decisões empresariais e a diversidade nas equipas de liderança são alguns dos princípios que as seguradoras podem promover nas empresas com as quais colaboram.
A transparência e o cumprimento de normas éticas são fundamentais para garantir a confiança dos investidores, clientes e outros stakeholders. Ao promover estas práticas, as seguradoras ajudam a criar empresas mais robustas, capazes de enfrentar crises e de crescer de forma sustentável.
5. Impacto social sustentável
A colaboração entre seguradoras e PMEs tem também um impacto significativo nas comunidades locais. As seguradoras podem financiar projetos sociais e ambientais, como iniciativas de educação, saúde ou infraestruturas, que contribuam para o desenvolvimento sustentável das regiões onde as empresas operam.
Adicionalmente, produtos como seguros agrícolas ou seguros de lucros cessantes ajudam as PME a manter a sua atividade em situações de crise, minimizando os impactos negativos e garantindo a continuidade dos negócios. Este enfoque na resiliência e na gestão de crises é fundamental para assegurar que as PME estejam preparadas para enfrentar os desafios do futuro.
A colaboração entre seguradoras e PME é estratégica que vai além do fornecimento de serviços financeiros. As seguradoras, ao promoverem práticas ESG através da oferta de produtos sustentáveis, do investimento responsável e da formação em gestão de riscos, estão a construir um ecossistema empresarial mais resiliente e sustentável.