Seguradoras e Planos de Continuidade protegem PME

  • Diana Rodrigues
  • 4 Outubro 2024

Seguradoras são parceiras estratégicas das PME na gestão de riscos. A par com um desenvolvimento de PCN, ajudam a construir um ecossistema empresarial mais resiliente.

As seguradoras são a primeira linha de proteção das PME e microempresas contra os impactos potencialmente devastadores da necessidade de interrupção de atividade. Numa era em que imprevistos, como desastres naturais, falhas tecnológicas ou crises económicas podem comprometer a operação normal dos negócios, é imperativo que as empresas estejam preparadas para mitigar os riscos. Uma das ferramentas mais eficazes para as PME é o Seguro de Interrupção de Atividade, frequentemente referido como “Lucros Cessantes” ou “Perdas de Exploração”.

Seguro de Interrupção de Atividade

Este tipo de seguro é frequentemente descrito como o “Seguro de Vida da Empresa”, e por boas razões. Foi concebido para cobrir as perdas financeiras que resultam de uma paragem nas operações da empresa, proporcionando uma rede de segurança financeira em momentos de crise. Através deste seguro, as empresas podem garantir que, mesmo quando a atividade é interrompida, podem continuar a cumprir com as suas obrigações financeiras.

Os principais componentes do Seguro de Interrupção de Atividade incluem:

1. Perda de lucro bruto: este componente cobre a perda de receita que a empresa não consegue gerar durante o período em que não está a operar normalmente. Por exemplo, se um incêndio ou uma falha técnica levar a uma paragem da produção, a empresa poderá perder uma quantidade significativa de lucros que, de outra forma, teria obtido.

2. Aumento dos custos de exploração: durante um período de inatividade, as empresas frequentemente enfrentam custos adicionais. Isso pode incluir despesas relacionadas com a recuperação das operações, como a necessidade de alugar instalações temporárias, contratar serviços de consultoria para a recuperação ou implementar melhorias na infraestrutura danificada. O seguro cobre estes custos adicionais, permitindo que a empresa se recupere mais rapidamente.

A importância da proteção financeira

A implementação do Seguro de Interrupção de Atividade pode ser a diferença entre a continuidade e o encerramento de um negócio. Sem este tipo de proteção, as PME e microempresas podem rapidamente encontrar-se em dificuldades financeiras, incapazes de pagar salários, cobrir despesas fixas ou reter clientes.

Além disso, o seguro também contribui para a estabilidade do mercado, pois assegura que as empresas que enfrentam crises podem reerguer-se sem perder a confiança dos consumidores e fornecedores. Quando as empresas conseguem recomeçar as suas operações rapidamente, a economia local e, por extensão, a economia nacional, também se beneficiam.

A sinergia entre seguros e Planos de Continuidade

A eficácia do Seguro de Interrupção de Atividade é ainda mais ampliada quando está associada a um robusto Plano de Continuidade de Negócio (PCN). Enquanto o PCN fornece um quadro estratégico para responder a crises e mitigar riscos, o seguro serve como uma proteção financeira que ajuda a implementar esses planos de forma eficaz.

Assim, as seguradoras não são apenas fornecedoras de produtos, mas também parceiras estratégicas na gestão de riscos. Juntas, ajudam a construir um ecossistema empresarial mais resiliente, e a garantir que as PME estão preparadas para enfrentar e superar desafios, promovendo a sustentabilidade e continuidade no mercado.

O papel das seguradoras na continuidade das PME e microempresas é vital, não apenas na proteção financeira em momentos de crise, mas também como parte integrante de uma estratégia abrangente de gestão de riscos. Ao investir em seguros adequados e na implementação de planos de continuidade, as empresas garantem a sua capacidade de prosperar num ambiente de negócios cada vez mais incerto.