Área Metropolitana de Lisboa apoia comunidades desfavorecidas com 121,5 milhões de euros
A Área Metropolitana de Lisboa vai até 2025 apoiar comunidades desfavorecidas com 121,5 milhões de euros que serão aplicados em diversos projetos de intervenção social.
A Área Metropolitana de Lisboa (AML) apresentou, esta sexta-feira, em Odivelas, o plano “Comunidades em Ação – Operações integradas metropolitanas”, que envolve um investimento de 121,5 milhões de euros. Vai ser aplicado até 31 de dezembro 2025 em 31 operações integradas locais – cada uma delas com um investimento mínimo de 2,75 milhões de euros – para apoiar comunidades desfavorecidas.
Financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), este plano contempla um total de 668 projetos de intervenção social a implementar em 67 comunidades desfavorecidas espalhadas pela AML até 2025. Também “espelha uma abordagem integrada na promoção da inclusão social de comunidades da área metropolitana de Lisboa que vivem em situação de carência“, resume a esta entidade.
O plano abrange comunidades dos concelhos de Lisboa, Amadora, Almada, Odivelas, Loures, Barreiro, Seixal Cascais, Oeiras, Sesimbra, Cascais, Sintra, Mafra e Vila Franca de Xira. Entre as comunidades estão contemplados, por exemplo, os bairros de Santo António e Municipal Quinta da Fonte, da Junta de Freguesia de Camarate, Unhos e Apelação, ou o Bairro da Portela da Azóia da Junta de Freguesia de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela, em Loures. Ou ainda a comunidade de Casal da Mira, na freguesia da Encosta do Sol, em Almada, além da Torrinha e das Galinheiras, em Santa Clara, e a Quinta do Olival e Cruz Vermelha, no Lumiar, em Lisboa.
O plano conta com a parceria de 70 entidades envolvidas em mais de uma centena de projetos de diferentes âmbitos e escalas diversas. As operações integradas incluem “ações materiais e imateriais” executadas num “trabalho em rede” entre municípios, freguesias, associações e instituições de solidariedade. O plano foi assinado pelos vários municípios da AML.
“A verba será aplicada em intervenções físicas e em ações imateriais, de acordo com as características, problemas e oportunidades de cada comunidade, que esteve e estará envolvida na discussão, planeamento e implementação das operações, para que as soluções encontradas sejam respostas efetivas às suas preocupações”, afirma a AML.
São sete os eixos de intervenção, “onde se concentram diversas vulnerabilidades sociais e económicas“: ambiente e valorização do espaço público, cultura e criatividade, educação, cidadania e empoderamento das comunidades, emprego e economia local, saúde e dinamização social.
“Esta medida do PRR tem uma importância muito significativa para a promoção da coesão social e territorial em cada um dos 18 municípios”, disse à Lusa a presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, Carla Tavares. A também presidente da Câmara Municipal da Amadora realçou a importância da sociedade civil neste programa e o objetivo de recuperar a experiência de antigos programas de intervenção social, como as iniciativas EQUAL e Bairros Críticos.
A cerimónia contou com a presença da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, que destacou o combate à pobreza e às desigualdades como prioridades do Governo. A ministra realçou ainda a importância de uma “resposta integrada” entre a sociedade civil e o Estado central e local para conjugar políticas setoriais e intervenção social.
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