Câmara de Valença deve assegurar reparação de muralha, diz ministra da Coesão

  • ECO e Lusa
  • 2 Janeiro 2023

Ministra diz que reparação da muralha de Valença deve ser assegurada pela Câmara Municipal local, mas avisa que é preciso fazer uma primeira intervenção de urgência para impedir uma derrocada.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse, esta segunda-feira, que a reparação da muralha da Fortaleza de Valença, que sofreu uma derrocada no domingo, deve ser assegurada pela câmara local. Mas o presidente da autarquia, José Manuel Carpinteira, espera “solidariedade” da parte do Governo para ajudar na recuperação da muralha, porque a autarquia “não tem capacidade financeira” para a intervenção.

“Neste momento, parece-nos que a melhor solução é ser a autarquia a intervir com o apoio da Direção Regional de Cultura do Norte, porque estamos perante um monumento nacional em que a gestão e as intervenções são normalmente feitas pela autarquia”, afirmou Ana Abrunhosa em Valença, durante uma visita à muralha, equipamento afetado pelo mau tempo que se fez sentir durante o fim de semana.

A governante referiu que a derrocada aconteceu num local que não estava identificado como sítio de risco. Para já, acrescentou a ministra, é necessário fazer uma primeira intervenção de urgência, de forma a resolver os danos e ver como estão os sítios identificados como sendo de risco para impedir uma derrocada.

Esperamos que o Governo seja solidário com o município e que rapidamente se faça esta reconstrução (…) Estamos a trabalhar na apresentação da candidatura a Património da Humanidade e não queremos correr o risco de ficar fora. ”, afirmou o presidente da Câmara,a”.

José Manuel Carpinteira

Presidente da Câmara Municipal de Valença

“Depois, com um pouco mais de tempo, projetar uma intervenção mais estrutural em toda a muralha, não só para salvaguardar a estabilidade e segurança, mas tendo em conta que o senhor presidente da câmara e a sua equipa planeiam candidatar a muralha a património da Humanidade”, frisou.

Recordando que essa candidatura está em construção, Ana Abrunhosa entendeu que a identificação dos pontos, onde é urgente intervir, “só pode reforçar a candidatura”. Apesar das zonas de risco estarem identificadas, a governante sublinhou que a chuva deste fim de semana pode ter feito com que surgissem outras áreas de risco, daí a importância da avaliação e intervenção.

Na sua opinião, o ideal é que esteja concluído, nos próximos 15 dias, o levantamento dos danos causados pelo mau tempo neste distrito, desde património, equipamentos até serviços.

Confrontado com falta de verbas para suportar as despesas, o autarca pede apoio do Governo. “Obviamente que a autarquia não tem capacidade financeira para recuperar a muralha (…) Isto é património nacional, que nós temos cuidado o melhor possível (….)”, assegurou José Manuel Carpinteira.

“Esperamos que o Governo seja solidário com o município e que rapidamente se faça esta reconstrução (…) Estamos a trabalhar na apresentação da candidatura a Património da Humanidade e não queremos correr o risco de ficar fora”, afirmou o presidente da Câmara, José Manuel Carpinteira”.

No domingo, ao início da tarde, a muralha da Fortaleza de Valença sofreu uma primeira derrocada, tendo a proteção civil apontado como motivo o mau tempo que se fez sentir no Norte do país. A parte da fortaleza que caiu situa-se na zona da Coroada, junto ao parque de estacionamento do Município de Valença, no distrito de Viana o Castelo.

Durante a tarde, “houve mais uma derrocada na continuidade da [parte] que já tinha caído”, relatou o presidente da Câmara de Valença, em declarações à Lusa, salientando ser “bastante grande” o troço da muralha afetado.

“Esta fortaleza é o nosso ex-líbris. É o cartão-de-visita de Valença”, recordou o autarca, apelando à população para que não se dirija à fortaleza e cumpra os conselhos de segurança da Proteção Civil. O autarca disse ainda esperar a “solidariedade” do Governo para ajudar na recuperação da muralha da Fortaleza, que sofreu uma derrocada no domingo, porque a autarquia “não tem capacidade financeira” para a intervenção.

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