Incubadora tecnológica do Porto criou 1.600 empregos durante a pandemia

Estudo mostra que contributo das empresas incubadas no UPTEC para a economia portuguesa aumentou mais de 10% entre 2019 e 2021, para 324 milhões de euros, com salários a dispararem 32% neste período.

A principal incubadora tecnológica da cidade do Porto criou quase 1.600 empregos durante a pandemia. As empresas incubadas no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto contribuíram com 324 milhões de euros para a economia nacional. As conclusões constam de um estudo realizado por dois professores da Faculdade da Economia da Universidade do Porto (FEP), divulgado esta terça-feira.

No final de 2021, as empresas do UPTEC contavam com 8.600 trabalhadores, mais 1.596 do que no final de 2019, traduzindo um aumento de 22,8%. Mais expressiva foi a subida dos salários no mesmo período: de 166 para 219 milhões de euros, mais 31,9%. O forte crescimento dos ordenados aumentou o pagamento de impostos ao Estado de 35,2 milhões para 48,4 milhões de euros (37,5%).

No período em análise, o UPTEC contava com um total de 182 empresas com escritório físico. O investimento acumulado foi de 37 milhões de euros e foram gerados mais de 161 milhões de euros em exportações. As empresas estavam divididas entre três localizações: o polo universitário da Asprela, a Baixa da cidade e ainda o UPTEC Mar, instalado no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões. A incubadora contava também com 66 empresas graduadas, isto é, sem escritório físico.

No total, as empresas do UPTEC geraram mais de 187 milhões de euros em vendas e serviços, dos quais 57% correspondem a exportações. Graças a este balanço, a incubadora tecnológica do Porto diz ter reforçado o contributo para a economia portuguesa em 10,13% entre o final de 2019 e o final de 2021. Neste período, o produto interno bruto nacional teve uma taxa de crescimento médio anual de -1,64%.

O UPTEC assinala que o impacto direto das empresas “é medido pelo conjunto de atividades integrantes das entidades e empresas”; os efeitos indiretos “respeitam à atividade económica incrementalmente gerada pelo consumo de bens e serviços intermédios; e os efeitos induzidos correspondem à “atividade económica incrementalmente gerada como consequência das despesas de consumo dos trabalhadores diretamente envolvidos nessas atividades, bem como dos trabalhadores das entidades fornecedoras de bens e serviços (atividade económica gerada quer por efeito direto quer por efeito indireto)”.

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