Xelerate.tech investe 40 milhões de euros no Porto nos próximos cinco anos

Luso-alemã Xelerate.tech investe cerca de 40 milhões de euros no Porto, nos próximos cinco anos. Prevê contratar 100 engenheiros de software em 2024.

A aceleradora de empresas luso-alemã Xelerate.tech vai investir cerca de 40 milhões de euros na contratação de equipas de desenvolvimento de software, nos próximos cinco anos, no Porto, para trabalharem com tecnológicas estrangeiras que ajudam a instalar na região. Como acontece este mês com a alemã Advanced Apllication que, dentro de meio ano, vai criar 35 postos de trabalho na Invicta, avança Pedro Rocha, CTO da Xelerate.tech.

A Xelerate.tech está, assim, a apoiar a instalação da alemã Advanced Apllications, que “desenvolve produtos de software para diversas indústrias” e “tem como objetivo criar 25 empregos de engenharia de software nos próximos seis meses”, adianta Pedro Rocha ao ECO/ Local Online. “Criamos equipas de software que trabalham com os nossos clientes que são todos empresas estrangeiras. Alavancamos o processo de transformação digital dessas empresas”, resume. Nesse sentido, o responsável prevê contratar 100 pessoas em 2024.

Desde 2021, em plena pandemia da Covid-19, que a Xelerate.tech ajuda empresas a instalarem-se na cidade portuense, “a criarem tech hubs, centros tecnológicos”, nomeadamente soluções chave na mão que implicam a criação de entidade e contratações.

Equipa da luso-alemã Xelerate.tech, no Porto

A empresa dispõe de dois modelos de negócio. “Podemos contratar pessoas para o nosso cliente final, que abre uma empresa. Somos a equipa de gestão externa que define todos os processos, desde os recursos humanos até ao apoio necessário com a legislação portuguesa que eles não conhecem”, descreve o responsável. Este é o modelo de negócio que a Xelerate.tech estabeleceu com a dinamarquesa ISS WorldServices, “líder” em experiência de trabalho e gestão de instalações, que abriu, em setembro de 2022, um centro tecnológico no Porto, “ISS Tech Portugal”, dedicado ao desenvolvimento de software para apoiar o negócio core que tem na Dinamarca e na Polónia. “Gerimos as equipas que são trabalhadores da ISS e não têm qualquer contrato com a Xelerate.tech“, explica.

No segundo modelo de negócio, descreve, “as equipas da Xelerate.tech trabalham para a empresa estrangeira, mediante uma parceria de exclusividade”. O que se aplica no caso da parceria com a germânica AVL Software andFunction, referência mundial no desenvolvimento, simulação e testes na indústria automóvel. Esta foi a terceira empresa que a luso-alemã ajudou a instalar-se no Porto. “Estamos a trabalhar com eles há nove meses e já empregaram cerca de 20 pessoas”, adianta o responsável.

“O nosso primeiro grande cliente foi uma empresa logística alemã, em 2021, que empregou cerca de 60 pessoas”, lembra Pedro Rocha que mantém a base operacional da empresa na zona industrial do Porto. Seguiu-se depois a dinamarquesa ISSWorldServices.

Começámos com um equipa pequena, mas o nosso objetivo é durante o próximo ano chegarmos às 100 pessoas, com um custo total de cerca de sete a oito milhões de euros por ano.

Pedro Rocha

CTO da Xelerate.tech

Agora, Pedro Rocha prevê investir sete a oito milhões de euros, por ano, durante os próximos cinco anos, o que perfaz um total de 35 a 40 milhões de euros. Em declarações ao ECO/Local Online, o responsável considera, por isso e tendo em conta com o difícil contexto económico mundial, que a Xelerate.tech é “uma das poucas empresas que, neste momento, está em contraciclo, uma vez que tem necessidade de contratar mais engenheiros“. Está em vias de criar 100 postos de trabalho em 2024.

“Começámos com uma equipa pequena, mas o nosso objetivo é durante o próximo ano chegarmos às 100 pessoas, com um custo total de cerca de sete a oito milhões de euros por ano”, revela Pedro Rocha. “Agora é que estamos a dar o salto.”

Na hora destas empresas estrangeiras decidirem instalar-se no Porto pesa a existência de universidades de reconhecimento e o facto de ser “um centro tecnológico internacional”, ter talento na área tecnológica, conclui.

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