Fundo Vallis reforça posição na fábrica de luvas de Famalicão para 80%
O fundo Vallis, que já detinha 50% do capital da Raclac desde 2016, acaba de reforçar a participação na empresa de Famalicão liderada por Pedro Miguel Costa para 80%, assumindo o controlo.
O fundo Vallis reforçou a participação na Raclac e tem agora 80% da empresa de Famalicão que produz dispositivos médicos descartáveis. O valor da operação não foi revelado e ainda está sujeita à aprovação por parte da Autoridade da Concorrência.
Em 2016, o fundo Vallis tinha adquirido 50% da Raclac e acaba de adquirir mais 30% da empresa. O fundador e CEO da Raclac, Pedro Miguel Costa, passa a ter 20% da empresa fundada em 2007.
“O Fundo Vallis Sustainable Investments II, FCR anuncia a entrada no capital da Raclac, S.A., empresa portuguesa fabricante de luvas descartáveis de nitrilo e comercialização de dispositivos médicos descartáveis. Com esta transação, o Fundo Vallis Sustainable Investments I, SCA, SICAR manterá a sua posição de 50% de participação na Raclac, S.A., enquanto o Fundo Vallis Sustainable Investments II, FCR adquire 30%. Os restantes 20% de participação continuarão a ser detidos por Pedro Costa, CEO e fundador da Raclac, S.A”, avança a Vallis Capital Partners num comunicado enviado ao ECO/Local Online.
A empresa de private equity explica que a entrada do Fundo Vallis Sustainable Investments II, FCR no capital da Raclac “é um voto de confiança na sua estratégia, cujo principal vetor é agora o de acelerar a comercialização da luva R-Advance no mercado nacional e nos principais mercados da Europa e do Médio Oriente“, num investimento que pretende “acelerar o crescimento da Raclac, continuando o ambicioso projeto, recentemente concluído, com a criação da primeira fábrica de luvas de exame na Europa”, enfatiza.
“Como é do conhecimento público, existe uma atenção crescente dos principais operadores de saúde, dos profissionais de saúde e dos próprios pacientes, ao risco de contaminação em ambientes hospitalares ou clínicos, onde a adoção da luva R-Advance pode mitigar substancialmente esse risco, além de permitir gerar poupanças substanciais para as entidades que a adotam, pois reduz os atuais níveis de desperdício no consumo e utilização efetiva das luvas convencionais de exame”, assegura o CEO da Vallis, Eduardo Rocha.
Em 2018, a Raclac investiu 20 milhões de euros para tornar-se na primeira fábrica da Europa a produzir luvas de exame de nitrilo. Com a pandemia, a empresa teve um boom na procura e viu o seu volume de negócios disparar de aproximadamente 15 milhões de euros em 2019 para mais de 50 milhões em 2020, segundo informação avançada pelo Jornal de Negócios.
“A linha de produção é totalmente automatizada, sem intervenção humana, e operada num ambiente controlado, que atenua a presença de partículas e agentes contaminantes, contrastando com as características das linhas de produção convencionais, estabelecidas no continente asiático”, reforça a Vallis que tem no seu portefólio empresas como o Raclac, Europalco, Imperial, Castelbel, Greenyard Logistics Portugal, entre muitas outras.
O líder da Vallis Capital Partners conclui que o “objetivo é que a empresa continue a crescer, capitalizando agora todo o potencial desta inovadora linha de produção”.
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