Quinta do Pessegueiro entra em novos mercados para faturar mais 15% em 2024
Detida por um milionário francês, a Quinta do Pessegueiro (Ervedosa do Douro) vai apostar na produção de uvas brancas e avançar para mercados como a Suécia, os Países Baixos e o México.
A Quinta do Pessegueiro, detida pelo francês Roger Zannier – fundador de um dos maiores grupos mundiais de moda infantil -, está a entrar em novos mercados, como a Suécia, os Países Baixos ou o México, e pretende conquistar os britânicos com o lançamento de quatro novos vinhos. A empresa do Douro quer reforçar o peso das exportações e aumentar a faturação em 10% a 15% no próximo ano, avança o diretor comercial António Beleza, em declarações ao ECO/Local Online.
A comemorar uma década no mercado, a Quinta do Pessegueiro, localizada em Ervedosa do Douro, deverá fechar este ano com o mesmo volume de negócios de 2022: cerca de um milhão de euros. Face ao atual contexto económico, “fez-se sentir, a nível nacional, um pouco de recessão no consumo, nomeadamente nos vinhos de preço mais elevado”, admite António Beleza.
“A Quinta do Pessegueiro pratica o dobro do preço médio do setor, pois um vinho pode custar entre os 12 euros (Aluzé) e os 60 euros (Plenitude)”, resume. Esta última referência é produzida a partir de uvas de vinhas centenárias, vinificada em lagar de granito com pisa a pé e envelhecida durante 30 meses em barricas de carvalho.
Apesar da crise económica e da inflação, o diretor comercial antecipa melhorias no negócio para o próximo ano. “Devemos crescer de dois dígitos, entre 10 a 15% face a 2023″, calcula. Este crescimento será impulsionado pela entrada da marca em novos países e pelo lançamento de quatro novas referências, a custar entre 24 euros e 30 euros, que foram apresentadas num encontro com os jornalistas: Quinta do Pessegueiro Branco 2022 – com uma edição de pouco mais de mil garrafas –, o monocasta Tinta Roriz 2021, Quinta do Pessegueiro tinto 2019 e o Porto LBV 2018.
“O Vinho Tinta Roriz é de uma vinha com cerca de 45 anos, envelheceu num ovo de cimento durante 12 meses. É muito elegante na boca”, começa por descrever o enólogo João Nicolau de Almeida (filho). Com uma cor rubi intenso, este vinho apresenta aromas de romã, geleia e favos de mel.
Célia Varela, diretora-geral da Quinta do Pessegueiro, adianta que agora o “objetivo da marca é solidificar nos mercados onde está presente e entrar noutros novos”, tendo como trunfo estes novos produtos que a empresa está a lançar.
França surge à cabeça como o maior comprador de vinhos da Quinta do Pessegueiro, a que se segue o Brasil – “este ano superou todas as expectativas”, relata –, a China e os EUA, resume Célia Varela.
E é precisamente para responder às tendências do mercado que a marca está apostar na produção de uvas brancas. “Já temos plantações novas e comprámos uvas a produtores da região”, adianta António Beleza.
A Quinta do Pessegueiro distribui-se por 28 hectares de vinhas espalhadas por três terroirs: Pessegueiro, Teixeira e Afurada. Os vinhos são produzidos com recurso a métodos vitícolas ancestrais e com um equipamento de alta tecnologia, incluindo um sistema de gravidade 100% natural.
Recentemente, a referência Quinta do Pessegueiro tinto 2019 passou a integrar o TOP 100 mundial da revista americana WineEnthusiast. “É uma grande conquista para nós termos esta distinção, ao fim de uma década, numa das mais prestigiadas no setor”, afirma Célia Varela.
Além do vinho, a marca produz azeite nas variedades Cordovil, Madural e Carrasquenha, e tem uma pequena produção de mel a partir das colmeias localizadas na Quinta da Teixeira.
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