Instituto Pedro Nunes integra projeto sustentável europeu de 5,3 milhões de euros

Este projeto europeu "pode aumentar em mais de 300% o valor económico recuperado nos processos de reciclagem", diz Instituto Pedro Nunes.

O Instituto Pedro Nunes (IPN) integra um consórcio internacional que visa transformar as práticas de reciclagem de painéis fotovoltaicos, de modo a contribuir para um futuro mais sustentável e alinhado com os princípios da economia circular. Financiado em mais de 5,3 milhões de euros pela União Europeia, este projeto “pode aumentar em mais de 300% o valor económico recuperado nos processos de reciclagem”, segundo a instituição de Coimbra.

O projeto Apollo – A Proactive Approach to the Recovery and Recycling of Photovoltaic Modules está inserido no programa Clima, Energia e Mobilidade da Comissão Europeia. O consórcio de 18 parceiros provenientes de oito países europeus, entre universidades, centros de tecnologia e inovação e empresas, pretende redefinir os processos de reciclagem de painéis solares, incentivando a utilização de métodos mais eficazes, automatizados e economicamente viáveis.

Com o potencial de aumentar em mais de 300% o valor económico recuperado nos processos de reciclagem, o projeto Apollo reforça o compromisso europeu com a sustentabilidade no setor das energias renováveis”, assinala o instituto em comunicado.

No âmbito do consórcio, compete ao instituto português desenvolver um método escalável para avaliar a composição do vidro e de outros materiais constituintes dos painéis fotovoltaicos na linha de reciclagem. “Este trabalho é alicerçado na vasta experiência do IPN em testes de caracterização, permitindo avaliar e rastrear os vários tipos de painéis fotovoltaicos que se encontram em fim de vida, antes de entrarem na linha da reciclagem”, detalha a instituição na mesma nota.

“O foco está em maximizar a recuperação de materiais valiosos, entre eles, a prata e o silício, este último com uma eficiência prevista de mais de 90% em massa”, descreve.

Além do Instituto Pedro Nunes (Portugal), o projeto conta com várias entidades europeias, designadamente a EDP CNET (Portugal), Fraunhofer Gesellschaft zur Foerderung der Angewandten Forschung (Alemanha), University of Leicester (Reino Unido) e École Polytechnique Fédérale de Lausanne (Suíça).

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