Já abriu o concurso para criar rede de fornecedores para acelerar produtos inovadores na indústria

As empresas interessadas podem apresentar a candidatura, “submetendo um plano estratégico detalhado que demonstre o impacto positivo esperado na economia regional e nacional”.

O concurso para criar redes de fornecedores inovadores foi lançado esta terça-feira. Em causa está uma manifestação de interesse de empresas para integrar a Rede de Fornecedores Inovadores, uma medida que integra o programa Acelerar a Economia. O objetivo é apoiar a criação de consórcios de inovação para desenvolver e fornecer bens e serviços inovadores de média e alta tecnologia a polos de produção industrial.

Os consórcios serão liderados por empresas nucleares de maior dimensão, em colaboração com os seus fornecedores, nomeadamente PME, Small Mid Caps e/ou Entidades Não Empresariais do Sistema de Investigação e Inovação (ENESII).

“Nesta fase inicial, as empresas nucleares são convidadas a manifestar interesse em liderar os consórcios, que poderão, numa etapa subsequente, beneficiar de financiamento através de avisos específicos no âmbito do Portugal 2030”, explica o comunicado do Compete 2030, complementando o despacho publicado a 17 de abril que explicava que as empresas nucleares, que atuem em polos de especialização, inseridas em cadeias de valor internacionais e com forte vocação exportadora, serão selecionadas através de um processo aberto e competitivo.

Assim, as despesas efetuadas a partir da aprovação desta manifestação de interesse já são elegíveis para apoio do Portugal 2030, ou seja, muito antes do momento em que a candidatura do consórcio propriamente dito será aprovada.

As empresas interessadas podem apresentar a candidatura, “submetendo um plano estratégico detalhado que demonstre o impacto positivo esperado na economia regional e nacional”, explica o comunicado do Compete 2030. A candidatura é efetuada através de formulário eletrónico, disponível na página dos avisos do Compete, sendo o prazo limite 30 de setembro.

As propostas serão avaliadas com base em critérios objetivos como: grau de inovação, incorporação de bens e serviços nacionais na cadeia de produção visada, potencial de aumento das exportações ou capacidade de criação de emprego qualificado.

Após o processo de seleção, numa segunda fase, serão lançados avisos específicos para apresentação de projetos, no âmbito das diversas tipologias dos sistemas de incentivos do Portugal 2030 (PT2030), para financiar as empresas que irão integrar os consórcios e desenvolver os projetos, acrescentava o mesmo despacho.

Os apoios poderão incidir em áreas como a formação, qualificação ou inovação, permitindo aos fornecedores dar um salto qualitativo e alinhar-se com os padrões de exigência das empresas nucleares.

O objetivo central deste concurso é “capacitar estes fornecedores para que se afirmem como parceiros estratégicos nas cadeias de valor nacionais” nos fabricantes de equipamento original, “facilitando a sua integração nas cadeias de fornecimento globais e tirando partido do efeito de arrastamento gerado por estas empresas”.

Veja os seis objetivos da medida:

  • Promover a colaboração entre PME e a densificação dos seus níveis de competitividade, de inovação nos seus processos produtivos e de internacionalização;
  • Promover a adaptação aos requisitos tecnológicos dos processos e produtos que proporcionem know-how especializado, recursos e conhecimento crítico, maior produtividade, mais flexibilidade e maior qualidade dos produtos;
  • Substituir importações, aumentando o valor acrescentado nacional e as exportações de bens e serviços;
  • Criação de novas empresas (corporate ventures, por exemplo) e criação de novos postos de trabalho;
  • Capacitar as PME para integrar redes de fornecedores globais, inovadores e internacionalmente competitivos e
  • Potenciar a atividade das nucleares instaladas em Portugal e inseridas em cadeias globais de produção, enquanto catalisadores da economia nacional.

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