Lisboa “levantou-se” na normalidade após 200 ocorrências, anuncia Carlos Moedas
Carris esteve a funcionar em serviço gratuito e câmara forneceu 3500 litros de combustível a hospitais, destaca Carlos Moedas, num balanço feito na manhã desta terça-feira.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, faz um balanço positivo da reação na cidade ao apagão registado nesta segunda-feira. Ao contrário das suas próprias expectativas indicadas durante a noite, a normalidade foi restabelecida a tempo de se concretizar um dia normal na cidade, designadamente nas escolas.
Em conferência de imprensa na manhã desta terça-feira, o autarca destaca a presença de 300 operacionais dos bombeiros, proteção civil, Polícia Municipal e freguesias nas ruas da cidade, os quais responderam a cerca de 200 ocorrências, a maioria das quais de pessoas que ficaram retidas dentro de elevadores.
A normalidade foi chegando ao longo da noite, com o regresso da circulação aos tuneis do Marquês e da Avenida João XXI por volta das duas horas, e a reativação dos semáforos às três horas.
“Basicamente, hoje, Lisboa levantou-se na normalidade. Escolas, mercados municipais, toda a ação social já estava a funcionar”, bem como as “equipas de rua para pessoas em situação de sem abrigo”, diz Moedas.
O culminar da situação acabaria por negar os receios que o próprio Carlos Moedas apontava na noite de segunda-feira.
Em declarações à SIC, referiu que “amanhã de manhã [terça-feira] ainda não teremos uma normalidade total. Penso que durante a noite [as zonas sem energia] vão ser repostas, mas tenho muitas dúvidas de que amanhã de manhã já estejamos numa situação de normalidade. Vamos estar ainda numa situação de adaptação”.
Com o prolongar do período do apagão, e perante a quebra nos níveis de combustível nos sistemas acessórios de fornecimento de energia, os hospitais de São José, Curry Cabral, Dona Estefânia, bem como a Maternidade Alfredo da Costa e o Instituto do Sangue acabaram por ser reabastecidos pelos serviços da autarquia, que forneceram 3500 litros de combustível, afirma o autarca. Outra das ações para a qual o presidente da câmara reclama créditos para a autarquia é a de não cobrança de bilhete na Carris no dia de segunda-feira.
Moedas fala ainda de “ensinamentos” a tirar deste apagão, e recorda que em 2022, aquando das cheias na cidade, decidiu criar um centro centralizado de operações e emergência em Monsanto. “Esse centro foi o que desta vez respondeu imediatamente. Nós saberíamos todos aquilo que devíamos fazer. Eu, como presidente da câmara, sabia que tinha que me meter no carro e chegar a Monsanto”, onde também estariam bombeiros, Polícia Militar e a proteção civil.
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