Torres Vedras constrói variante de 18 milhões de euros entre a A8 e zona industrial
A Câmara Municipal de Torres Vedras vai adjudicar a construção da variante de ligação da autoestrada A8 à área empresarial das Palhagueiras, com a primeira pedra a ser lançada em 27 de junho.
A Câmara Municipal de Torres Vedras decidiu nesta terça-feira adjudicar por 17,7 milhões de euros a construção da variante de ligação da autoestrada A8 à área empresarial das Palhagueiras, com a primeira pedra a ser lançada em 27 de junho.
A proposta de adjudicação à empresa Construções Pragosa por 16,7 milhões de euros, acrescido de IVA, o que perfaz 17,7 milhões, foi aprovada por unanimidade em reunião pública do executivo municipal.
O município do distrito de Lisboa vai repartir os encargos da empreitada por 2025 (9,5 milhões de euros) e 2026 (7,2 milhões).
A oposição na Câmara de Torres Vedras tem vindo a criticar a maioria socialista por atrasos no processo de construção da variante rodoviária, comprometendo o financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência, cujo calendário aponta para junho de 2026 a conclusão das obras que financia.
Em abril, o município aprovou um empréstimo de médio e longo prazo de 14,5 milhões de euros, a 20 anos.
A autarquia justificou o recurso ao crédito bancário tendo em conta que “a estimativa de investimento é superior ao valor do financiamento contratualizado” no PRR.
O empréstimo pode vir a contar para a capacidade de endividamento se a autarquia não cumprir os prazos e perder o financiamento do PRR, o que implicaria recorrer a novo empréstimo bancário para conseguir concluir a empreitada.
O município estima que o investimento possa ultrapassar os 21 milhões de euros, já que aos quase 18 milhoes da execução da empreitada, juntam-se 1,3 milhões de euros na revisão de preços e 1,8 milhões em expropriações — em dezembro, o município aprovou o projeto da variante e declarou a utilidade pública de 58 parcelas de terreno, numa extensão de cerca de 40 hectares, necessárias à construção da variante rodoviária.
A variante vai permitir melhorar as acessibilidades para quem reside e trabalha na freguesia de A-dos-Cunhados e Maceira, onde se localiza a maioria das centrais hortofrutícolas do concelho, um importante abastecedor do país e do mercado da exportação.
Em setembro, a APA autorizou a construção sem avaliação ambiental.
Em janeiro de 2023, o município obteve financiamento do PRR para o projeto, tendo a comparticipação aumentado dos iniciais 7 milhões de euros para 11,6 milhões.
Em 2022, foi aprovado o seu traçado, com uma extensão de seis quilómetros e duas faixas em cada sentido, o que vai permitir desviar muitos veículos da vila de A-dos-Cunhados.
O município está também a planear prolongar a variante até Santa Cruz.
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