Freguesia de Benfica inicia 68 apartamentos para habitação municipal e promete conclusão em 12 meses
Uma das obras tem orçamento em aberto. Apesar da inclusão dos fogos na estratégia municipal de habitação de Lisboa, junta poderá ter de pagar 1,8 milhões pelo terreno à Câmara.

A freguesia de Benfica, em Lisboa, vai ter dois edifícios de habitação municipal com um total de 68 apartamentos erguidos em construção modular, uma iniciativa da Junta de Freguesia com fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito do programa 1.º Direito. Nesta quinta-feira é feita pela Junta a adjudicação do contrato do primeiro edifício, com 50 fogos, no Calhariz, e no dia 26 será tempo do lançamento da primeira pedra de um edifício com 18 apartamentos nas traseiras da Avenida Gomes Pereira. Já o início da obra do prédio no Calhariz ocorrerá em julho.
Ambos os edifícios serão introduzidos na estratégia municipal de habitação do município de Lisboa, a quem caberá o concurso para atribuição das casas a renda acessível. Contudo, no caso do Calhariz, a junta de freguesia poderá ser obrigada a pagar cerca de 1,8 milhões de euros à câmara pelo terreno municipal, o que o presidente da junta de Benfica critica, em declarações ao ECO/Local Online durante a visita ao sítio da obra. Ao lado desta encontra-se uma residência universitária igualmente construída pela junta com valores do PRR e também em construção modular.

O valor total do investimento no edifício de 50 apartamentos não está ainda fechado, podendo atingir os 7,38 milhões de euros, mediante o montante que venha a ter de ser pago pelo terreno. Contudo, se tiver vencimento a interpretação da junta de freguesia e a autarquia não for ressarcida pelo valor do terreno, este projeto de habitação municipal com apartamentos T1 e T2 terá um custo de 5,77 milhões de euros, o que representa um custo médio na ordem dos 115 mil euros por fogo.
“A estrutura de missão acha obsceno, tal como eu acho, a junta ter de comprar um terreno ao município para fazer estratégia municipal. O terreno é municipal, a estratégia é municipal, a junta é que executa e gere, mas querem vender o terreno a 1,8 milhões”, pormenoriza o autarca do Partido Socialista. “Não é por aí, pagamos o terreno, pomos na candidatura. A estrutura de missão e o IHRU acham estranho, é um duplo ganho para o município, porque faz a estratégia municipal e ganha com a venda do terreno. Estamos à espera do parecer definitivo, mas acho que vai mais na linha do que eu sempre disse, que é absurdo a câmara vender o terreno a uma junta”.
Com uma área total de 484,5 metros quadrados, o edifício de cinco pisos terá apartamentos de tipologias T1 e T2. A data de conclusão prevista é o dia 30 de junho de 2026.
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