Mafra quer ser estação intermédia de mercadorias num investimento acima dos 100 milhões de euros

Presidente da autarquia pretende atrair pelo menos 100 milhões de investimento privado para um território atravessado pela renovada linha do Oeste e duas autoestradas.

Hugo Moreira Luís, presidente da Câmara Municipal de Mafra, pretende aproveitar a localização do seu concelho às portas de Lisboa e o atravessamento pela renovada linha do Oeste para criar um parque empresarial e um hub logístico numa área a rondar os 100 hectares

O presidente da Câmara de Mafra tem em vista a criação de um hub logístico e parque empresarial que aproveite infraestruturas ferroviárias e rodoviárias renovadas, apostando na captação de empresas exportadoras. Ciente da inexistência dos latifúndios de outras paragens, Hugo Luís acredita, ainda assim, ser possível reunir vontades e terrenos para criar uma área de 100 hectares, usando para tal de uma estratégia similar à da Parque Expo, que requalificou e dinamizou o desenvolvimento pela agregação de parcelas.

“O município de Mafra tem que ser o indutor do desenvolvimento, um dinamizador do desenvolvimento e não deixar unicamente na perspetiva dos privados todas as intenções e as realizações”, defende o autarca.

O investimento, superior a 100 milhões de euros, assenta “maioritariamente em capitais privados”, diz Hugo Luís ao ECO/Local Online. Entre os chamarizes que o autarca acredita ter para os investidores está, à cabeça, a proposta de um hub logístico com ligação rápida entre a indústria da zona de Leiria e o porto de Lisboa, aproveitando a renovada linha ferroviária do Oeste.

Adicionalmente, sintetiza, Mafra reúne condições como a população jovem – dos cerca de 100 mil habitantes, 35% tem menos de 30 anos, assegura –, a incubadora ligada ao mar, a única reserva mundial de surf na Europa (Ericeira), uma distância de cerca de 25 quilómetros até ao porto de Lisboa, valores agrícolas como o limão, e uma forte presença na logística de transporte.

O objetivo é instalar empresas industriais e tecnológicas com vocação exportadora. Para isso, não basta ir procurar empresas nos concelhos de Sintra ou de Torres Vedras.

Hugo Luís

Presidente da Câmara Municipal de Mafra

“O objetivo é instalar empresas industriais e tecnológicas com vocação exportadora. Para isso, não basta ir procurar empresas nos concelhos de Sintra ou de Torres Vedras”, assinalou o autarca ao ECO/Local Online, à margem da conferência Outlook Mafra, organizada pelo ECO e decorrida nesta quinta-feira.

Com os olhos no mapa, onde a A8 e a A21 surgem a atravessar o concelho, o presidente da Câmara de Mafra assinalou um território na ordem dos 100 hectares onde pretende instalar uma área de acolhimento empresarial que permita captar empresas com vocação exportadora, mas hoje ausentes do concelho. Adicionalmente, já existem manifestações de interesse de outras que, estando em Mafra, necessitam de espaço para crescer. Entre os exemplos disponibilizados pelo autarca estão a Movimar (indústria de mobiliário de cozinha), Cubotónic (metalomecânica atualmente presente na Venda do Pinheiro) e a Despomar, especialista em surf e detentora de mais de 20 pontos de venda no país.

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