Carlos Moedas vai discutir problemas da segurança em Lisboa com ministra da Administração Interna
Presidente da Câmara de Lisboa pediu reunião "com caráter de urgência" à ministra da Administração Interna. Autarca admite pagar a agentes da PSP para fazerem policiamento.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa já tem marcada a reunião no Ministério da Administração Interna que reclamava há um mês, na qual pretende expressar a preocupação com casos de insegurança na capital. Na manhã de terça-feira, Carlos Moedas será recebido pela ministra Maria Lúcia Amaral, “para discutir respostas aos problemas de segurança que a cidade enfrenta”, segundo informação da autarquia.
O autarca eleito em 2021 pela coligação Novos Tempos enviou uma carta à ministra, então recém-empossada, a solicitar uma reunião “com caráter de urgência”, em virtude da “situação de insegurança e violência” que considera existir na cidade. O social-democrata, que ainda não anunciou a sua recandidatura – embora diga que está para breve a sua decisão – tem mantido o tema da insegurança na agenda, com pedidos, designadamente, para aumento das competências da Polícia Municipal.
Como presidente da Câmara, não posso não fazer um grito de alerta ao Governo. Precisamos de ajuda. Tudo o que é segurança na cidade é feito pelo Estado central e não podemos ter uma capital europeia em que hoje há menos polícia do que há 14 anos.
Um dia após ser conhecida a carta endereçada à ministra, a agressão a um ator do teatro A Barraca levou Moedas a voltar ao tema: “Como presidente da Câmara, não posso não fazer um grito de alerta ao Governo. Precisamos de ajuda. Tudo o que é segurança na cidade é feito pelo Estado central e não podemos ter uma capital europeia em que hoje há menos polícia do que há 14 anos”.
Já na última sexta-feira, o autarca tinha falado à SIC sobre o pedido de reunião, deixando críticas à demora: “Há mais de um mês que peço uma reunião à ministra da Administração Interna. Imagino que esteja muito ocupada, e percebo isso, mas preciso de ter uma reunião com ela porque precisamos de polícia em Lisboa”.
O presidente da autarquia explicava que “não é o presidente da câmara que contrata a polícia. Se não há capacidade de o Governo ajudar, posso pagar aquilo que se chama os gratificados e, portanto, vou pagar à PSP para estar nesses sítios, mas preciso da PSP ali. Não é normal a pessoa não ver polícia na rua”.
Moedas admite que “a situação começou ligeiramente a melhorar”, contudo, diz, “estamos tão longe, tão longe, tão longe daquilo que precisamos”. Moedas diz não poder conceber que numa “cidade capital uma mulher jovem tenha medo de andar a partir de certa hora da noite em certos sítios da cidade”.
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