Figueira da Foz anuncia investimento de 12 milhões de euros numa unidade de combustíveis
Figueira da Foz anuncia investimento inicial de 12 milhões de euros numa unidade de combustíveis, uma das mais desenvolvidas do mundo. Terá poupanças estimadas entre 92 e 98% das emissões de CO2.
A Figueira da Foz vai receber uma nova unidade industrial de combustíveis avançados da empresa portuguesa BioAdvance, junto ao porto marítimo, num investimento inicial de 12 milhões de euros, anunciou hoje a autarquia.
A nova unidade industrial será das mais desenvolvidas no mundo na produção de combustíveis avançados, com poupanças estimadas entre 92 e 98% das emissões de CO2 (dióxido de carbono) comparativamente aos combustíveis fósseis usados no setor rodoviário, adiantou o município em comunicado.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz considerou que a instalação desta unidade “é uma grande prova de fé dos investidores, que acreditam que a situação no porto, na barra e também no rio, vai melhorar significativamente, porque eles precisam disso naturalmente para escoar os seus produtos”.
“Este investimento representa confiança na cidade e nos seus processos de decisão e funcionamento, com a expectativa dos investidores de que a situação no porto da Figueira da Foz melhore”, disse Pedro Santana Lopes, frisando que a nova unidade “poderá acarretar a vinda também das grandes empresas de combustíveis”.
As pessoas têm de perceber que se a Figueira andar para a frente e contribuir mais para a economia e mobilizar investimentos, é bom para a economia portuguesa.
O autarca sustentou, no entanto, que é necessário o Governo, através da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e dos ministérios do Ambiente e das Infraestruturas, avançar com as obras de desassoreamento da barra do porto, de forma a abrir “um novo ciclo”.
“As pessoas têm de perceber que se a Figueira andar para a frente e contribuir mais para a economia e mobilizar investimentos, é bom para a economia portuguesa”, sublinhou.
Pedro Santana Lopes destacou que a nova unidade vai “contribuir para o crescimento do produto da Figueira da Foz, da sua capacidade produtiva, do seu rendimento per capita”, além de criar “mais emprego e emprego qualificado, nomeadamente na área da investigação”.
“Esta unidade terá uma grande componente de investigação na transição energética, que será muito importante. É uma notícia muito importante para a Figueira, pelo que motiva e mobiliza também outros investimentos”, sublinhou.
A empresa dedica-se ao biocombustível e terá capacidade para produzir 20 mil toneladas por ano, com possibilidade de expansão para 60 mil toneladas por ano, permitindo a Portugal “o cumprimento da Diretiva RED II no que respeita a combustíveis avançados”.
Segundo o município, a nova unidade estava inicialmente projetada para o concelho de Pombal.
“A Figueira da Foz ganha um dos maiores projetos a nível nacional para descarbonização de economia no setor rodoviário”, realçou o município em comunicado.
Dentro de dois anos, o investimento projetado será de 47 milhões de euros, tornando-se num dos grandes operadores europeus na produção de combustíveis avançados.
Numa primeira fase serão criados 36 postos de trabalho, dos quais 18 altamente qualificados e, no final, prevê-se que a empresa crie mais de 100 postos de trabalho.
A fase relevante do projeto terá a ver com o desassoreamento do Porto da Figueira da Foz, que permitirá trazer ao Terminal de Graneis Líquidos “uma nova vida”.
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