A “maior academia de empreendedorismo do mundo” traz novidades ao Porto
Da cimeira com representantes de universidades de todo o mundo, passando pela realização da Porto Startup Expo, até ao programa Santander x EIA EpixProgram vai ser assim o European Innovation Academy.
A cimeira Global Entrepeneurship Education Summit (GEES) – com representantes de várias universidades de todo o mundo e que foca o ensino do empreendedorismo a nível internacional –, a Porto Startup Expo com exposição de trabalhos dos estudantes participantes e o programa Santander x EIA EpixProgram. Estas são algumas das novidades do European Innovation Academy (EIA) que se realiza, pela primeira vez, no Porto, de 17 de julho a 5 de agosto, e reúne 500 estudantes de 120 universidades de todo o mundo.
Durante três semanas, estes alunos participam num programa intensivo de empreendedorismo tecnológico e digital nas Faculdades de Economia (FEP) e de Engenharia (FEUP) que vai se prolongar por mais edições, na Invicta, até 2027. Com o objetivo de aprenderem a criar a própria startup, estes estudantes contam com a ajuda de 100 mentores e oradores de renome nacional e internacional no desenvolvimento de protótipos, angariação de clientes e na realização de um pitch para captar investimento. Entre eles estão Daniel Vila Boa, CEO da Chilltime e head of mentors na EIA Porto 2022, Reagan Fry, product lead da plataforma Tik Tok ou Joselyn Jang, senior product manager da Amazon.
“Uma das maiores competências, que os alunos retiram do programa, é a aprendizagem de todas as fases de criação de uma startup. É um ambiente controlado, porque não acarreta os riscos de investimento, mas ainda assim é uma experiência completa”, afirma Susana Fonseca, head of portuguese relations, na EIA.
Entre as grandes novidades deste ano estão, assim, adianta Susana Fonseca, a realização da Porto Startup Expo, a 29 de julho, nas Faculdades de Economia e de Engenharia da Universidade do Porto, para dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelas equipas de estudantes durante os primeiros dias da EIA. Outro trunfo do evento deste ano é a cimeira GEES com representantes das universidades participantes, agendada para 28 e 29 de julho, com destaque para o ensino do empreendedorismo, a nível internacional.
É um dos maiores programas europeus de aceleração digital para universitários.
Outra grande novidade deste ano é o programa Santander x EIA Epix Program que, entre 27 e 29 de julho, conta com 175 alunos, distribuídos por 89 equipas, que, entretanto, participaram neste programa de nove semanas que acaba no Porto, com a vertente de marketing.
Entre os parceiros desta iniciativa estão a Google, as Universidades do Porto, de Berkeley e de Stanford, além da Fundação Santander, a Beta-i, e a Câmara Municipal portuense. Para a presidente da Fundação Santander Portugal, Inês Oom de Sousa, este “é um dos maiores programas europeus de aceleração digital para universitários“, adiantando que “apoiar e promover o empreendedorismo de base digital está no ADN” da fundação.
O reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, considera que a EIA representa “uma oportunidade de projeção internacional do ecossistema de empreendedorismo e inovação da Universidade do Porto, pela dimensão global [do evento], qualidade das universidades participantes e pela reputação dos seus mentores”. Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, sublinhou, por seu turno, que esta iniciativa “se alinha, na perfeição, com a estratégia do município [no sentido de] motivar os jovens a adotar um papel ativo na transformação de desafios em oportunidades de inovação, desde o esboço da ideia de projeto até ao seu desenvolvimento no mercado.”
Uma oportunidade de projeção internacional do ecossistema de empreendedorismo e inovação da Universidade do Porto, pela dimensão global [do evento], qualidade das universidades participantes e pela reputação dos seus mentores.
Já Ricardo Marvão, head of sales da consultora de inovação Beta-i –”empresa responsável por manter a EIA em Portugal por mais cinco anos” – afirma que “este novo acordo, por mais cinco anos, permite continuar a ter um impacto positivo no ecossistema empreendedor estudantil, incentivando os jovens universitários a pensar em conjunto numa ideia, num ambiente internacional e interdisciplinar”. Mais, sublinha Ricardo Marvão: “Acreditamos que este é mais um passo na direção certa, no sentido de capacitar estes jovens para os desafios da economia digital que o futuro parece prometer”.
A EIA surgiu, pela primeira vez, em 2011, na Estónia, a partir de uma organização sem fins lucrativos, liderada por Alar Kolk, “cujo percurso académico e profissional o levou a Silicon Valley e à Universidade de Stanford, na Califórnia”.
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