Metrobus do Porto capta 4 milhões de passageiros a outros meios em 2024

  • Lusa
  • 9 Agosto 2022

O metrobus do Porto deverá captar quatro milhões de passageiros a outros meios de transporte em 2024, de acordo com um estudo da Metro do Porto.

O metrobus do Porto deverá captar praticamente quatro milhões de passageiros ao transporte individual e a outros transportes públicos em 2024, segundo um estudo de análise custo-benefício feito para a Metro do Porto e consultado pela Lusa.

De acordo com o estudo de junho, realizado pela empresa Trenmo, presidida pelo professor universitário Álvaro Costa, o Bus Rapid Transit (BRT, vulgo metrobus) entre a Casa da Música, a Praça do Império e a Praça Cidade do Salvador (Anémona), captará 3,96 milhões de passageiros a outros transportes, em 2024.

O documento, disponível no ‘site’ da Metro do Porto, aponta a que, em 2024, a procura captada aos passageiros de transporte individual, relativa a “passageiros que atualmente se deslocam de carro mas que passam a utilizar o transporte público, nomeadamente o novo serviço do Metro do Porto, total ou parcialmente”, será de 3,7 milhões de passageiros.

Já a captada a outro tipo de transporte público que não o Metro do Porto (à Sociedade de Transportes Coletivos do Porto [STCP], aos operadores privados e à CP – Comboios de Portugal) chega aos 255 mil passageiros.

No total, o estudo aponta, assim, que em 2024 sejam retirados de outros transportes 3,96 milhões de passageiros, o que representa uma média diária de 10.832 naquele ano, segundo cálculos da Lusa.

Já quanto à procura induzida, relativa a “passageiros que atualmente não se deslocam mas que em resultado da melhoria do serviço do Metro do Porto passam a deslocar-se” no serviço, está estimada em 212 mil passageiros em 2024.

No total, perante a construção da linha de BRT no Porto, o serviço da Metro do Porto regista uma procura adicional de 9,2 milhões de passageiros em 2024, face ao cenário de não construção do novo serviço de transportes.

O cenário do estudo contempla ajustes na rede atual da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) – que coincide, parcialmente, com o futuro traçado do BRT – tendo sido retiradas da análise parte das linhas 201, 502 e 503.

O documento estima ainda números para 2027, em que o número de passageiros captados aos outros meios sobe para 4,4 milhões (4,1 ao transporte individual e 283 mil aos outros transportes públicos), a indução de novos passageiros sobe para 236 mil e a Metro do Porto regista uma procura adicional de 10,2 milhões.

Há ainda previsões para 2041 (acréscimo de 11,9 milhões de passageiros) e 2051 (subida de 13,8 milhões).

Na componente económico-financeira, o projeto “apresenta um retorno financeiro positivo, com com um VALf (c) [valor atual financeiro líquido] de 32 milhões de euros e uma TIRf (c) [taxa interna de retorno financeira] (4,9%) superior à taxa de atualização financeira”, de 4%.

É ainda estimado que o projeto apresente um retorno económico positivo, com um valor atual líquido económico (VALe) de 857 milhões de euros e uma taxa interna de retorno económico (TIRe) de 11,5%, “superior à taxa de desconto social (5%)”.

“Isto significa que o projeto gera benefícios económicos, sociais e ambientais superiores aos seus custos, o que justifica a sua implementação”, aponta o documento.

O metrobus do Porto, novo transporte rodoviário a hidrogénio, maioritariamente em via dedicada, com um custo de 66 milhões de euros totalmente suportado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), verá as obras avançar no terreno “em breve”, segundo fonte oficial da Metro do Porto, questionada segunda-feira pela Lusa.

No dia 24 de maio, o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, tinha apontado para o mês de julho para o arranque dos trabalhos, admitindo também agosto como possibilidade, tendo o objetivo de ter a obra concluída “em 31 de dezembro de 2023“.

Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador.

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