Falua compra Quinta de São José para entrar nos vinhos do Douro
Projeto iniciado pela família do enólogo João Brito e Cunha passa para as mãos da filial do grupo Roullier em Portugal para a atividade vitivinícola, que já produz no Tejo e nos Vinhos Verdes.
A Falua, filial do grupo Roullier em Portugal para a atividade vitivinícola, adquiriu a Quinta de São José, em Ervedosa do Douro (concelho de São João da Pesqueira, distrito de Viseu), que tem uma área total de 20 hectares, 15 dos quais dedicados à vinha.
O administrador da Falua, Rui Rosa, destacou à Lusa que este é “um projeto diferente” e que visa “ganhar escala” e posicionar-se no mercado nacional e internacional. O grupo já tem atividade na região do Tejo e dos Vinhos Verdes e adquire agora a maioria do capital desta quinta duriense integrada na área classificada como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO
Esta aquisição é uma “aposta estratégica” e um passo para concretizar o objetivo do grupo Roullier no setor vitivinícola: “ganhar escala e dimensão”. “Começámos com 15 hectares de terra própria e hoje temos 300 hectares”, referiu o administrador, destacando ainda que a filial começou com 20 trabalhadores e conta atualmente com uma centena.
“Estamos a estruturar a empresa”, observou Rui Rosa, destacando que as vendas da filial têm corrido “muito bem” e que os principais mercados, além do nacional, são a Inglaterra, Polónia, Suíça, Brasil, Estados Unidos da América, Canadá, Japão e Coreia do Sul.
O gestor adiantou ainda que a Falua irá dar continuidade ao enoturismo (alojamento e provas) já realizado naquela propriedade. “Queremos continuar com o bom produto da Quinta de São José e melhorá-lo”, acrescentou o administrador.
O percurso da Quinta de São José na produção de vinhos durienses “tem já elevado reconhecimento nacional e internacional”, destaca a empresa, em comunicado. O atual projeto, cujo primeiro registo remonta a 1892, foi iniciado pela família de João Brito e Cunha – com ligação familiar a D. Antónia Adelaide Ferreira – e desenvolvido pelo enólogo nos últimos anos, que continuará ligado ao projeto.
Também citada no comunicado, a diretora-geral da Falua, Antonina Barbosa, destaca que esta aquisição representa “a aposta reforçada em terroirs diferenciados que são já uma imagem de marca do grupo”, mostrando “muito entusiasmo” por entrar na “emblemática” região do Douro. “Temos um comprometimento com a excelência na viticultura e na enologia, e este é mais um desafio que nos motiva a explorar os vinhos durienses e a sua história”, acrescenta.
Esta aquisição representa não só a expansão da Falua a outras regiões, mas a aposta reforçada em terroirs diferenciados que são já uma imagem de marca do grupo. É com muito entusiasmo que entramos na emblemática região do Douro.
Integrada no grupo Roullier, a Falua iniciou-se no setor em 1994 na região do Tejo e expandiu, em 2020, para a região dos Vinhos Verdes com a aquisição da Quinta do Hospital.
O grupo tem um volume de negócios de 4,1 mil milhões de euros e mais de 10 mil colaboradores em 131 países distribuídos por três continentes, diversificando a sua atividade em diferentes áreas como a nutrição de solos e de plantas, algologia, extração de minerais, plasturgia, produção de energia a partir de biomassa e setor agroalimentar.
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