Programa de reordenamento e gestão da Serra do Caldeirão em consulta até novembro
Programa integra toda a freguesia de Cachopo, no concelho de Tavira, e parcialmente as freguesias de Santa Catarina da Fonte do Bispo, também em Tavira, Salir (Loulé) e São Brás de Alportel, Faro.
O Programa de Reordenamento e Gestão da Paisagem da Serra do Caldeirão, no Algarve, que visa tornar aquele território mais resiliente aos incêndios, está em consulta pública a partir desta segunda-feira e até 21 de novembro.
De acordo com a informação disponibilizada no portal Participa, o programa, promovido pela Direção Geral do Território, abrange os concelhos de Tavira, Loulé e de São Brás de Alportel, numa área aproximada de 56.350 hectares.
O programa tem como objetivos principais a “resiliência do território, mediante a redução da sua vulnerabilidade aos fogos rurais”, valorizar o território e impulsionar “uma nova economia, através do aumento do valor dos ativos territoriais”.
Entre os objetivos estratégicos, o documento aponta para a promoção do ordenamento e multifuncionalidade da floresta, “instalando povoamentos ordenados, biodiversos e resilientes, conjugados com mosaicos agrícolas, silvopastoris e de áreas abertas, capazes de sustentar a exploração e gestão das atividades económicas associadas”.
No mesmo sentido, destaca a promoção da prestação de serviços ambientais diversos e, paralelamente, reduzir “significativamente o risco de incêndio e a severidade da área ardida, assegurando a acumulação duradoura do carbono”.
Dos objetivos operacionais definidos constam ainda a potencialização das “características biofísicas dos territórios de floresta, as potencialidades produtivas dos solos e o equilíbrio dos diferentes ciclos naturais”.
Além de se propor aumentar a resiliência daquele território do distrito de Faro aos riscos, em particular ao de incêndio, o programa visa também minimizar outras vulnerabilidades, num quadro de alterações climáticas.
O documento aponta ainda o aumento de áreas “com gestão agregada de pequenas propriedades, preferencialmente através de entidades e organizações coletivas, potenciando o aumento da produtividade e da rentabilidade dos ativos florestais e a melhoria do ordenamento e conservação do espaço rural”.
Ao mesmo tempo, pretende “esquematizar o quadro de apoios e incentivos ao investimento e manutenção e à remuneração dos serviços dos ecossistemas”.
Segundo os documentos em consulta pública, a área de intervenção do programa integra a totalidade da freguesia de Cachopo, no concelho de Tavira, e parcialmente as freguesias de Santa Catarina da Fonte do Bispo, também em Tavira, Salir (Loulé) e São Brás de Alportel, no distrito de Faro.
O programa, apresentado pela Direção-Geral do Território, contou com o envolvimento das autarquias, entidades da administração central e regional, empresas, universidade e associações sociais e empresariais.
Os programas de reordenamento e gestão da paisagem fazem parte de uma estratégia nacional aprovada em 2020 com o Programa de Transformação da Paisagem (PTP), que prevê medidas como a criação de Áreas Integradas de Gestão da Paisagem, o Programa Condomínio de Aldeias e o Programa Emparcelar para Ordenar.
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