Investimento estrangeiro cresce no Alentejo e no Centro a mais do dobro da velocidade da média nacional

Apesar de a Grande Lisboa recolher a maioria do investimento direto estrangeiro aplicado em Portugal, o Alentejo e o Centro foram as regiões em que este indicador mais cresceu nos últimos sete anos.

Há quatro anos consecutivos que o investimento direto estrangeiro (IDE) em Portugal está a crescer. Em 2023, o montante recolhido em IDE aumentou 6,2% para mais de 180 mil milhões de euros, o equivalente a 68% do PIB, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

“O IDE mais do que duplicou entre o final de 2008 e o final de 2023”, refere a entidade liderada por Mário Centeno em comunicado, notando ainda que, no ano passado, “as transações de IDE totalizaram 6,8 mil milhões de euros, dos quais 3,9 mil milhões estavam associados a investimento imobiliário”. O investimento estrangeiro foi realizado sobretudo por operadores europeus.

Entre as regiões que têm sido mais beneficiadas pelo apetite do capital estrangeiro está a Grande Lisboa. Isso é visível não apenas em 2023, mas ao longo dos últimos sete anos, com a Área Metropolitana de Lisboa a recolher, em média, 53,5% do stock anual de IDE que o país recebeu ao longo deste período. No final do ano passado, 55% do stock de IDE estava alocado na região da Grande Lisboa.

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No entanto, o Alentejo e o Centro são as regiões que mais têm visto o investimento estrangeiro crescer ao longo dos últimos sete anos. Neste período, respetivamente, o IDE realizado nestas zonas aumentou a um ritmo médio anual de 10,15% e 10,95% por ano, mais do dobro da média nacional.

No lado oposto está a Madeira que, nos últimos sete anos, viu cair para metade o stock de IDE na região como resultado de uma queda média anual de 11,3% do investimento estrangeiro desde 2017, como resultado da deslocalização de muitas empresas para outras regiões fora do país.

Segundo dados do Banco de Portugal, se em 2017 cerca de 12,8% do volume de IDE nacional estava alocado na região da Madeira (era a terceira região com maior quota a seguir à Grande Lisboa e ao Norte), no final de 2023 essa percentagem não ia além de 4,8% — tendo sido ultrapassada pelas regiões do Algarve e do Centro.

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