Porto Leading Investors geram 26 mil empregos e 2.073 milhões de euros na produção nacional

Grupo de 43 empresas de "elite" já investiu 222 milhões de euros no Porto e criou quase 26 mil empregos. Conheça o estudo de impacto económico, social e ambiental elaborado pela EY Parthenon.

As 43 empresas do programa Porto Leading Investors, impulsionado pela autarquia liderada por Rui Moreira, geraram em 2022 um impacto de 2.073 milhões de euros na produção nacional e de 1.166 milhões de euros no Valor Acrescentado Bruto (VAB). Asseguram mais de 25 mil postos de trabalho, dos quais 11 mil são referentes a empregos diretos. Em média, o conjunto destas empresas perspetiva crescer 14% ao ano até 2026.

Os cálculos resultam do estudo de impacto económico, social e ambiental do Porto Leading Investors, encomendado pelo município portuense à EY Parthenon, apresentado esta quinta-feira no Museu Soares dos Reis e relativo a 2022, considerando a atividade operacional e de investimento destas empresas na cidade. Criado pela InvestPorto, este é um programa de gestão de projetos de investimento destinado a investidores e empresas com elevado interesse estratégico e impacto económico da cidade.

Contas feitas, entre 2019 e 2022 estas empresas investiram 222 milhões de euros no Porto e cifraram a produção em 2.301 milhões de euros na cidade. Também geraram 715 milhões de euros de impacto no rendimento das famílias (54% direto) e 209 milhões de euros na receita fiscal.

Imapcto anual da atividade operacional e investimento dos Porto Leading Investors (2022)18 abril, 2024

Entre as 43 empresas deste programa, 65% são nacionais e as restantes provenientes de 12 países, estão a Blip, Critical Software, Five9, Natixis, Euronext, Farfetch, Maersk ou a Critical Techworks. Neste período, todas têm dado provas “decisivas” do impacto económico, social e ambiental na economia da cidade. Seja pela competitividade ou pela dinâmica na inovação, “têm contribuído para a consolidação do Porto como um polo tecnológico internacional”, lê-se no estudo, a que o ECO/Local Online teve acesso.

Até porque, refere o mesmo documento, “os Porto Leading Investors estimulam a competitividade, captam e formam talento qualificado no Porto, contribuindo para o fortalecimento do tecido empresarial da região e do país”. O Porto representa hoje um importante hub de talento, inovação e tecnologia, com potencial de crescimento.

Por isso mesmo, a equipa deste estudo conclui que este “impacto económico, social e ambiental do programa pode ser amplificado por duas vias distintas, mas complementares”: a consolidação e expansão das empresas já inseridas no programa e a atração de novas empresas com compromissos firmes de investimento na cidade”.

Em 2022, 87% do volume de negócios dos Porto Leading Investors foi proveniente do mercado internacional, tendo estas empresas contribuído com 484 milhões de euros para a balança comercial nacional. São, contudo, “os impactos induzidos pelo rendimento possibilitado através das remunerações dos trabalhadores que geram o maior efeito multiplicador na economia portuguesa”, lê-se no estudo.

Já o peso do valor gerado pelos Porto Leading Investors na Área Metropolitana do Porto (AMP), nos setores em que atuam, ronda os 15%. Este grupo de empresas tem ainda um impacto direto no emprego no Porto na ordem dos 7%, segundo o mesmo estudo.

Destas 43 empresas, 88% desenvolvem atividades de inovação e 44% oferecem produtos ou serviços com impacto ambiental positivo direto. Dominam as tecnologias de informação e comunicação (TIC) e os serviços partilhados, que representam quase três em cada empresas que integram o lote dos Porto Leading Investors.

Impacto dos Porto Leading Investors, 202218 abril, 2024

Captar investimento, reter e expandir a atividade dos investidores, oferecer um serviço de excelência, e antecipar risco. Estes são os quatro objetivos deste programa municipal.

Perante estes números, o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira acredita que a cidade está no bom caminho. “Como este estudo comprova, o Porto está bem preparado para responder às atuais exigências de competitividade e aos desafios da transição digital, energética e climática”.

O dinamismo do ecossistema de inovação e empreendedorismo do Porto, ancorado num sistema científico e tecnológico regional consolidado, tem atraído investidores e empresas de capital estrangeiro: o Porto assume-se como um verdadeiro motor da economia regional, tendo sido destacado, em 2023, pelo Financial Times com o título “The best large city for foreign investment in Europe”.

Entre 2017 e 2023, por cada milhão de euros investido na AMP, foram criados cerca de três postos de trabalho, um valor bastante superior ao registado em Portugal (1,4) e na Europa Ocidental (0,6).

“Temos sabido captar investimento”, diz Moreira

“No Porto temos sabido captar investimento graças quer ao talento que formamos na nossa academia e ao dinamismo do nosso ecossistema empreendedor, quer à qualidade de vida e aos níveis de bem-estar da cidade”, explana o autarca portuense.

“Os investidores nacionais e internacionais encontram no Porto quadros qualificados a custos competitivos, centros de I&D de excelência, boas infraestruturas de transportes, capacidade tecnológica instalada e uma localização estratégica no Noroeste Peninsular”. Por outro lado, acrescenta, “o crescimento do turismo no Porto projeta para o exterior a imagem de uma cidade moderna, com qualidade de vida, segurança interna, estabilidade social e potencial económico”.

O crescimento do turismo no Porto projeta para o exterior a imagem de uma cidade moderna, com qualidade de vida, segurança interna, estabilidade social e potencial económico.

Rui Moreira

Presidente da Câmara do Porto

Rui Moreira assinala que a InvestPorto já apoiou cerca de 1,8 mil milhões de euros de investimento e a criação de mais de 22 mil empregos diretos“. O autarca independente defende que, “apesar dos bons resultados alcançados na criação e atração de talento, investimento e empreendedorismo, a cidade tem de continuar a ser ambiciosa”. “Temos de aprofundar a transformação da economia local, de modo a gerar mais emprego qualificado, mais oportunidades de negócio, mais projetos academia-empresas, mais inovação empresarial”, nota.

Ricardo Valente, vereador da Economia, Emprego e Empreendedorismo da Câmara do Porto

Já Ricardo Valente, vereador da Economia, Emprego e Empreendedorismo, sublinha que, “reconhecendo o papel vital desempenhado por empresas de maior dimensão na geração de emprego e na elevação do valor acrescentado, o Porto tem investido na criação de um ambiente propício para a instalação e expansão de atividade empresarial no seu território”.

“Através de políticas e incentivos adequados, a cidade não apenas atrai investidores, mas também fomenta o surgimento de empreendimentos locais, gerando empregos e impulsionando a economia local e regional”, sustenta o vereador. Mas não chega. “Estamos cientes de que a simples atração de investimentos não é suficiente para garantir um crescimento sustentável. É essencial também atrair e reter talentos, pois são eles que impulsionam a inovação e o progresso nas empresas”, conclui Ricardo Valente.

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