Depois das ondas, município de Mafra aposta no turismo militar
Mafra acolhe, nesta sexta-feira, a VII Cimeira do Turismo Português, evento que assinala o Dia Mundial do Turismo. Autarca pretende reforçar a marca do município e atrair mais investimento.
Depois do turismo de ondas e de atividades ao ar livre estar sob os holofotes mundiais na Ericeira, designada Reserva Mundial de Surf, o presidente da câmara de Mafra quer agora apostar no turismo militar. Hugo Luís considera ter razões de sobra para o fazer, num concelho com obras militares edificadas e uma secular tradição equestre militar. Para tal, vai aproveitar a VII Cimeira do Turismo Português, que o município acolhe nesta sexta-feira, para dar visibilidade ao território e atrair mais investimento e turistas.
“Mafra tem uma história muito forte relacionada com o exército e, neste momento, o município tem um projeto de requalificação de um conjunto de instalações no antigo centro militar de educação física de Mafra, na ordem dos quatro milhões de euros, em parceria com o Exército, e que tem potencial para atrair parceiros privados”, avança o autarca. “Esta requalificação visa, também trazer, depois, praticantes e profissionais qualificados nesta área, mas, acima de tudo, a organização de provas internacionais”, completa.
Esta é já uma tradição secular no concelho que tem o Palácio Nacional de Mafra como património mundial da Unesco. É precisamente este local histórico que nesta sexta-feira receberá a VII Cimeira do Turismo Português, numa iniciativa da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) para assinalar o Dia Mundial do Turismo. O concelho da área metropolitana de Lisboa recebe o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, entre outros nomes de relevo, como os antigos ministros Paulo Portas, Luís Marques Mendes e Luís Amado. Francisco Calheiros, presidente da CTP, será o anfitrião.
Esta cimeira acaba por dar visibilidade e projeção a tudo o que tem sido feito em Mafra, porque queremos continuar a atrair investimento e agentes económicos ligados ao turismo, os quais possam acrescentar valor económico ao concelho.
O autarca de Mafra vê no evento uma janela de oportunidades para o concelho, com um enorme impacto económico na região, tanto na hotelaria como na restauração. “Esta cimeira acaba por dar visibilidade e projeção a tudo o que tem sido feito em Mafra, porque queremos continuar a atrair investimento e agentes económicos ligados ao turismo, os quais possam acrescentar valor económico ao concelho”. A expetativa envolve unidades hoteleiras, assume Hugo Luís.
O concelho tem cerca de dez unidades hoteleiras de maior dimensão, mas “Mafra é o segundo município na área Metropolitana de Lisboa com maior número de alojamentos locais (cerca de 900), a operar principalmente entre Mafra e Ericeira”, calcula.
Esta é igualmente uma oportunidade para dar a conhecer o turismo militar que o presidente de câmara considera ser um “ativo estratégico do destino Mafra, associado à história do concelho”. Aliás, nota, “há uma história de Mafra associada à equitação, uma vez que todos anos, e em parceria com a Escola das Armas do Exército, o município também participa na organização da Semana Equestre Militar de Mafra”.
Na história deste território inclui-se um elemento fundamental para defender a capital portuguesa das tropas napoleónicas no início do século XIX. Mafra é um dos concelhos que faz parte das Linhas de Torres, sistema defensivo erguido pela arte do Duque de Wellington.
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