Polícia sim, polícia não

  • Vasco Morgado
  • 10 Outubro 2024

Burocracias à parte, o que é MESMO preciso é que os Lisboetas - pais, filhos, avós - e também quem em Lisboa trabalha, estuda ou visita, se sinta seguro.

A atribuição de mais competências à já valorosa e competente Polícia Municipal de Lisboa é essencial para melhorar a segurança na cidade. Com uma atuação mais forte em áreas como o policiamento de proximidade, trânsito e outras ocorrências, a polícia municipal pode complementar o trabalho da Polícia de Segurança Pública (PSP), que enfrenta grandes limitações de recursos.

O reforço aumenta a presença da autoridade nas ruas, prevenindo crimes e infrações, ao mesmo tempo que liberta a PSP para mais e outro tipo de ocorrências.

Uma cidade mais segura melhora a qualidade de vida dos seus habitantes, atrai mais investimentos, impulsiona o turismo. Em suma, Lisboa, Lisboetas e turistas mais seguros.

E não é isso que se quer?

Um dos principais benefícios económicos em aumentar a competência da polícia municipal está na criação de um ambiente urbano mais seguro e atrativo em primeiro lugar para os Lisboetas mas também para visitantes, investidores e empresas.

Acresce aqui que a Polícia Municipal é, na realidade, também um/a PSP, pois todos os agentes que integram a Polícia Municipal provêm da Polícia de Segurança Publica. Ou seja, todos são policias.

Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, tem sublinhado a importância de reforçar a segurança na cidade, em parte exatamente através da atribuição de mais competências à Polícia Municipal. Concretamente, estamos a falar que a Polícia Municipal possa intervir em tempo real na situação e, após a “detenção”, se possa deslocar à esquadra da PSP mais próxima, em vez de ficar à espera (às vezes horas) pela disponibilidade da PSP para comparecer no local. Muitas vezes, porque estão noutro serviço de socorro à mesma hora.

É preciso alterar leis? Faça-se. É preciso regulamentar? Faça-se. É preciso reunir com os sindicatos? Faça-se.

O que não se pode fazer é ficar à espera. É deixar tudo na mesma. É não evoluir.

A sociedade é dinâmica. As cidades são-no também. Lisboa avançou, mas há uma esquerda por cá que teima que tudo tenha que ficar na mesma. Ou mesmo pior. Para depois poder reclamar de que está tudo mal e que só com eles é que estaria bem.

E quando estão perto do poder (como vimos nos passados e infelizes anos), não reformar, não resolver, não fazer – apenas acomodar-se e tratar da sua agenda.

Para esta (felizmente) franja, tudo que não seja de sua autoria, fruto da sua superior inteligência e superior ideologia, é mau.

Acham que dar mais poderes à Polícia Municipal é criar uma perigosa brigada tipo a chefiada pelo Eliot Ness para apanhar o Al Capone na Lei Seca. (Já agora lembro aqui que ele foi condenado sim, mas por fuga ao fisco)

Com a polícia municipal a assumir uma maior responsabilidade em áreas como o policiamento de proximidade, trânsito e outras infrações, a PSP poderia concentrar-se noutras situações. Este equilíbrio e apoio de tarefas permitiria uma resposta mais eficiente em ambas as frentes, criando uma cidade mais segura no que é essencial, com as Pessoas mais confortáveis em aplicar capital em locais onde existe um claro compromisso com a segurança, incentivando novas empresas e startups a instalarem-se em Lisboa, dinamizando a economia local.

E não é isso que se quer?

Outro aspeto económico relevante é o impacto no comércio local. Uma cidade mais segura leva a uma maior circulação de pessoas nas ruas, particularmente em zonas comerciais e de lazer, promovendo o crescimento dos pequenos negócios. Com o reforço da segurança pública todos se sentem mais confiantes em frequentar o comércio local, o que estimula a economia de bairro e o consumo. Essa segurança reforçada cria um ciclo virtuoso de crescimento económico, maior criação de emprego e geração de receita fiscal.

E não é isso que se quer?

Adicionalmente, uma maior presença e atuação da polícia municipal nas ruas teria um impacto direto no setor do turismo, que é um dos motores económicos de Lisboa. Quando uma cidade é vista como segura, os turistas têm maior probabilidade de a escolher como destino, prolongando a sua estadia e aumentando os seus gastos em restaurantes, hotéis e atividades culturais. Lisboa geraria mais receitas para o setor turístico e para os cofres da cidade, através de impostos como a taxa turística.

O alívio da pressão sobre a PSP também permitirá uma redução dos custos associados ao crime. Menos incidentes de criminalidade e vandalismo significam menos gastos públicos com reparações, investigações e processos judiciais. Com menos crime, Lisboa poderá libertar mais recursos para outros setores fundamentais, como educação, cultura e infraestruturas. Assim, este trabalho conjunto entre polícia municipal e a PSP trará ganhos de eficiência para o sistema de segurança da cidade como um todo.

Uma cidade mais segura também tem um impacto direto no mercado imobiliário. Com o reforço da segurança, tanto por parte da PSP quanto da polícia municipal, os bairros mais problemáticos tenderiam a valorizar-se, incentivando o aumento de investimentos no setor imobiliário e atraindo mais moradores para essas zonas. O crescimento da procura habitacional e comercial resultaria em maior valorização dos imóveis e, por consequência, no aumento da arrecadação de impostos municipais.

E pergunto se este não será o real problema da esquerda Lisboeta: O medo do sucesso dos outros.

Seria um “Aqui D`el Rei” (ou se preferirem um “Aí Jesus”) se Carlos Moedas tivesse mais dinheiro na Câmara para efetivar mais Casas, Teatros, Transportes Gratuitos, Consultas Médicas a quem precisa. Pois se com a esquerda em Lisboa a chumbar tudo o que consegue para não haver dinheiro, ele faz o que faz, imaginem com mais verba.

Tal e qual como fizeram a Pedro Santana Lopes quando era presidente da CML, quando vetaram o Casino no Parque Mayer, ou a famigerada providência cautelar que o tal “Zé que fazia Falta” (nunca se soube foi bem a quem) colocou ao Túnel do Marquês, e que apenas custou atrasos e milhões a Lisboa.

É esta a receita de sempre da esquerda: Bloquear, atrasar, burocratizar para não permitir o sucesso de outros.

E nós os Lisboetas? Somos danos colaterais? “Que se lixem!?”

Em conclusão, a estratégia defendida por Carlos Moedas de dar mais competências à Polícia Municipal de Lisboa, para complementar o trabalho da PSP, não só aumenta a segurança e eficiência no combate ao crime, como também trará uma série de benefícios económicos.
O resultado será uma cidade mais próspera, com uma economia robusta e maior qualidade de vida para todos os seus habitantes e visitantes.

Não é isso que todos deveríamos querer?

  • Vasco Morgado
  • Presidente da Junta de Freguesia de Santo António (Lisboa)

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