Universidade do Minho faz avanços na luta contra a malária e a leishmaniose

  • ECO
  • 16:13

Investigadores da Universidade do Minho identificaram 28 compostos ativos contra a malária e 15 contra a leishmaniose. O próximo passo do projeto PuryMal é testar os compostos em animais.

Uma equipa de cientistas da Universidade do Minho procura desenvolver um fármaco eficaz na luta contra a malária e a leishmaniose. No laboratório, os especialistas já contam com 28 compostos ativos eficazes contra a malária e 15 contra a leishmaniose.

Estes avanços científicos “são importantíssimos, pois uma das maiores ameaças de saúde pública é o desenvolvimento de resistência dos parasitas aos fármacos”, explica Maria Alice Carvalho, professora e membro da equipa do Centro de Química (CQ) da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) em comunicado divulgado pela universidade.

A instituição indica que a resistência dos parasitas destas doenças aos fármacos diminui a sua eficácia. Acrescenta ainda que a leishmaniose e a malária colocam em risco cerca de 250 milhões de pessoas no mundo, sobretudo nas zonas tropicais, e provocam milhares de mortes por ano, afetando principalmente as crianças com menos de cinco anos, que representam cerca de 80% das vítimas por malária.

O projeto PuryMal teve início há três anos e os cientistas do Centro de Química (CQ) da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) estimam que ainda pode demorar mais dez anos.

O próximo passo do projeto são os estudos em animais para comprovar a eficácia e avaliar a segurança dos compostos para os humanos. Os compostos, no caso da malária, são de estirpes resistentes e não resistentes, com baixa toxicidade para testes em animais, assegura o comunicado.

Este projeto é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e tem como parceiros o Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho e o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto.

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