Lisboa de e com futuro
Ainda que o caminho seja longo e os problemas complexos, a CML tem optado por políticas públicas que visam a sustentabilidade, a inovação e o apoio à cultura.
Vivemos hoje um momento de resiliência, no qual a Câmara Municipal de Lisboa (CML), com Carlos Moedas ao leme, tem conseguido responder aos desafios de uma cidade moderna, com uma visão externa para o bem-estar dos cidadãos e a sua sustentabilidade.
Se no passado, a economia da capital era dominada pela ideia de crescimento sem regras e pela acumulação desordenada de dinheiro com a venda de património camarário, sem que daí tenhamos visto algum benefício para Lisboa ou para os Lisboetas, vemos agora sinais de uma nova mentalidade, onde o crescimento sustentável, o interesse coletivo e o equilíbrio social ganham espaço.
Em tempos, critiquei o poder central e o local por ineficiência e falta de ação. Hoje, observo em Lisboa um esforço em modernizar a cidade, tornando-a mais verde, acessível e digital. Com transporte público melhorado, gratuito e mais sustentável, investimento na habitação acessível, e um abordar das questões urbanas com seriedade e profissionalismo, reconhecendo que o desenvolvimento económico e o bem-estar social não precisam de estar em lados opostos, mas sim caminhar juntos.
Ainda que o caminho seja longo e os problemas complexos — ainda mais com uma maioria negativa cujo único objetivo parece ser mesmo não deixar avançar as coisas — a CML tem optado por políticas públicas que visam a sustentabilidade, a inovação e, como não podia deixar de destacar, o apoio à cultura (que em anos anteriores era de um nicho e para um nicho e agora é transversal a toda a ação).
A aposta na mobilidade elétrica, nos transportes compartilhados e nos espaços verdes são algumas das iniciativas que, embora possam parecer pontuais, são a base de uma mudança sistémica em relação ao modo como vivemos e nos movemos pela cidade. Esta abordagem não resolve todos os problemas de uma vez, mas representa as infraestruturas para uma cidade mais equilibrada e preparada para os desafios futuros.
Por décadas, Lisboa, a par do país, foram palco de políticas de grandes avanços ilusórios, de uma economia que marginalizava aqueles que menos tinham, e de um Estado que parecia incapaz de se adaptar.
Hoje, observamos um esforço honesto e claro para criar um ambiente urbano inclusivo (não confundir com woke), capaz de fomentar novas oportunidades para todos. O caminho está longe de ser perfeito, mas é reconfortante ver que esta noção de “riqueza” não assenta em nichos ou ideologias, mas no que realmente importa: uma vida digna e plena de seus cidadãos.
Este é o tempo, finalmente, de construção de uma cidade segura, justa e funcional para quem nela vive. E que igualmente acolhe, e bem, quem a visita, quem cá estuda e quem cá trabalha.
Agora que entrámos na reta final deste mandato – dele apenas o primeiro, e meu o último, aqui em Santo António – desejo sinceramente que Carlos Moedas continue a avançar por este caminho, aprendendo com os erros do passado e construindo, tijolo a tijolo, estendal a estendal, varanda a varanda, sempre com a luz do Tejo como pano de fundo, uma Lisboa que honra as suas tradições, cuida do seu presente e prepara o seu futuro.
E que tenha condições para o fazer.
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