Viana adjudica reconversão do antigo matadouro por 3,2 milhões de euros
O antigo matadouro será transformado num “edifício inteligente” orientado para a ciência, cultura e arte. Será o primeiro edifício público em Portugal totalmente alimentado a hidrogénio.
A câmara de Viana do Castelo aprovou a adjudicação da obra de requalificação e reconversão do antigo matadouro, num edifício “inteligente” com um “centro de inovação internacional”, por quase 3,2 milhões de euros. Durante a reunião ordinária, o Executivo deu igualmente luz a duas obras de ampliação de redes de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais, com um valor total de 2,5 milhões de euros.
A empreitada da reconversão do antigo matadouro municipal num espaço criativo e comunitário, “baseado no espírito de Ciência + Tecnologia + Arte”, como é descrito pela autarquia, foi alvo de um concurso público internacional. A empreitada do Viana Starts foi adjudicada à empresa vianense Baltor – Engenharia e Construção, deve arrancar no início de 2025 e espera-se a sua conclusão até ao final de 2026.
O antigo matadouro será o primeiro edifício público em Portugal totalmente alimentado a hidrogénio. A autarquia vai recorrer a uma panóplia de soluções inovadoras de eficiência energética e hídrica, baixo teor de carbono e economia circular. “O edifício irá ter elevada eficiência energética, prevendo-se que o excesso de energia renovável obtida num sistema híbrido fotovoltaico e eólico seja armazenada num sistema a hidrogénio, pioneiro a nível nacional em edifícios públicos“, detalha o município liderado por Luís Nobre.
O futuro edifício do Viana Starts, dedicado à tecnologia e artes, será ponto de encontro de cientistas, artistas, designers nacionais e internacionais para trocarem sinergias e “coproduzirem soluções inovadoras, conteúdos criativos de teor científico e artístico, em harmonia com a natureza e os oceanos, nos termos da sustentabilidade ambiental”, detalha a câmara vianense.
Aprovado ao abrigo do programa Iniciativas Urbanas Europeias, este projeto tem um custo de 6,2 milhões de euros e é cofinanciado em quase cinco milhões de euros pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). No âmbito da obra será construído um novo edifício a poente do central, no qual se garanta um amplo espaço de trabalho, de caráter flexível e divisível com partições interiores.
O município conta com vários parceiros neste projeto: a Associação Juvenil de Deão; o Itecons – Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e Sustentabilidade; a Inova+; o Dinamo10 – Creative Hub; a Associação Empresarial do Distrito de Viana do Castelo; e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo.
O Executivo aprovou ainda um investimento de 1,6 milhões de euros na rede de abastecimento de água da freguesia de Carreço, criando 22,5 quilómetros de rede nova de abastecimento de água, com 740 ramais.
A autarquia vai submeter este projeto de execução ao programa Norte 2023 – Ciclo Urbano de Água em Baixa, assim como a obra de ampliação da rede de drenagem de águas residuais em Alvarães e Vila Fria, envolvendo um custo de 980 mil euros. Esta empreitada vai criar 3.550 metros de rede nova de saneamento.
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