Adico reedita “cadeira peninsular” de Daciano da Costa

Adico prepara-se para conquistar os mercados do Canadá, Austrália, Polónia e Japão. E estima faturar 14,3 milhões de euros em 2025 no universo das três empresas do grupo.

Adico reedita “cadeira peninsular” do “pai do design português” Daciano da Costa15 janeiro, 2025

Com um volume de negócios de 4,7 milhões de euros em 2024 e a preparar-se para conquistar, este ano, os mercados do Canadá, Austrália, Polónia e Japão, a Adico, a mais antiga empresa de mobiliário metálico do país, está a reeditar várias peças do “pai do design português”, Daciano da Costa.

A empresa centenária tem para venda a icónica “cadeira peninsular”, com apresentação marcada para a feira Maison et Objet, que acontece entre esta quinta-feira e o próximo dia 20, em Paris.

A Adico vai comercializar a cadeira peninsular dentro da sua rede como resultado de uma parceria com o atelier Daciano da Costa, celebrando a união do design nacional com a nossa capacidade industrial”, começa por assinalar ao ECO/Local Online o administrador da empresa de mobiliário, Miguel Carvalho.

“É um grande privilégio e orgulho fazermos parte da revitalização das peças”, estando já em desenvolvimento a reedição de um sofá e de uma mesa que foram desenhados por Daciano da Costa, com uma “abordagem que respeita a história e o caráter das peças originais”, detalha o administrador da Adico. A empresa de Estarreja ganhou fama, em 1930, com as mesas e cadeiras metálicas para esplanadas, tendo a tradicional “cadeira portuguesa” como maior ícone industrial.

A Adico vai comercializar a cadeira peninsular dentro da sua rede como resultado de uma parceria com o atelier Daciano da Costa, celebrando a união do design nacional com a nossa capacidade industrial.

Administrador da Adico

Miguel Carvalho

Já Inês Cottinelli, CEO do atelier Daciano da Costa, refere, por sua vez, que “a colaboração com a Adico reflete o espírito inovador e visionário do Daciano: ele sempre acreditou na fórmula de unir criatividade, função e execução de excelência”.

A título de curiosidade, a “cadeira peninsular” original integrou o conjunto de mobiliário projetado para o Grande Casino Peninsular na Figueira da Foz, em 1983. De estrutura metálica em inox, inclui assento e encosto estofados a veludo 100% algodão para assegurar um maior conforto.

Miguel Carvalho, CEO da Adico, sentado na icónica “cadeira portuguesa”

De olhos postos nos novos mercados do Canadá, Austrália, Polónia e Japão, o empresário inaugurou recentemente uma nova carpintaria da CTM – Mobiliário — onde detém 60% –, em Oliveira de Azeméis, para apoiar as duas empresas Adico e JMS, que detém na totalidade, esta última especializada no desenvolvimento e fabrico de mobiliário hospitalar e geriátrico.

O novo espaço envolveu um investimento de 600.000 euros, entre a aquisição do pavilhão e maquinaria, adianta o empresário.

Contas feitas, contabiliza Miguel Carvalho, o universo Adico faturou 12,4 milhões de euros em 2024. “Mas temos o objetivo de atingir os 14,3 milhões de euros em 2025”, assegura. A JMS é a que representa um maior peso nas contas do grupo com um volume de negócios de 7,3 milhões de euros em 2024, mais 7.000 euros do que em 2023 (6,6 milhões de euros). Já a Adico faturou 4,7 milhões de euros face aos 4,4 milhões de euros de 2023, segundo dados fornecidos pelo empresário.

A Adico exporta para 29 países, assumindo os mercados espanhol, francês e alemão um peso de 50% do total das exportações. Seguem-se depois os Estados Unidos, a Coreia do Sul, Itália, Holanda, Irlanda, Finlândia, Dinamarca, Suécia e Grécia.

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