Porto e Gondomar redesenham fronteiras dos concelhos. Moreira diz que não faziam sentido

Porto e Gondomar repõem fronteiras e trocam territórios. A cidade Invicta ganha 221,4 mil metros quadrados que inclui a Quinta de Villar d’Allen e o concelho vizinho recebe 138 mil m2 de área.

Ainda falta a publicação em Diário da República, mas finalmente “o Porto passará a ter uma fronteira normal e articulada com Gondomar” depois de, em 2012, não ter havido “grande empenho [dos municípios] em impedir a anormalidade” da delimitação administrativa que está em vigor, assinalou o presidente da câmara portuense, Rui Moreira.

O Executivo aprovou, por unanimidade, esta segunda-feira a reposição da fronteira entre os dois concelhos vizinhos depois de os municípios terem chegado a acordo. Porto e Gondomar vão, assim, trocar parcelas em zonas de fronteira dos dois concelhos que contemplam a zona a Norte da Estrada da Circunvalação, Pêgo Negro, Areias, zona a Sul das Areias, área a sul da Rua Oito de Setembro, zona a Sul da Granja (EN208), Quinta Villar d’Allen e a parcela contígua, junto à EN108.

Não fazia qualquer sentido e tinha um conjunto de anomalias que ninguém percebia.

Rui Moreira

Presidente da Câmara Municipal do Porto

A Invicta ganha 221,4 mil metros quadrados de território, que inclui 68 habitações e 15 imóveis de comércio e serviços. E conquista a Quinta de Villar d’Allen para regozijo de Rui Moreira, assegurando que a autarquia portuense “tem recursos e meios para olhar por aquela propriedade, com uma raiz histórica”.

Já Gondomar recebe quase 138 mil metros quadrados de território com 67 casas, e um espaço de comércio e serviços.

A atual Carta Administrativa Oficial de Portugal “não fazia qualquer sentido e tinha um conjunto de anomalias que ninguém percebia, como acontecia na fronteira na zona Norte”, vincou o presidente da câmara do Porto, durante a reunião do Executivo desta segunda-feira.

Também o vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, considerou que se fez justiça. “Estamos a racionalizar uma fronteira que não era lógica, que tinha sido alterada de forma unilateral pelo Estado”.

Depois de aprovado pelas respetivas assembleias municipais, a alteração da Carta Administrativa Oficial de Portugal segue para a Assembleia da República.

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