O ritual do ofurô “nórdico” da Casa Moinho da Mouta, um refúgio encantado no Norte do país
A pouco mais de uma hora de carro do Porto, rendemo-nos a um refúgio da natureza para nos perdermos nos banhos quentes do ofurô "nórdico" num cenário digno de uma tela de parede, com o riacho aos pés.

Deixámos para trás o frenesim da cidade para mergulharmos nas águas quentes e terapêuticas do ofurô nórdico, num ritual relaxante ao som do chilrear dos pássaros e do riacho a correr quase aos nossos pés. Estamos na Casa Moinho da Mouta, em Sabrosa, Vila Real, onde estes banhos são a grande atração deste refúgio “escondido” na natureza. E apetrechado com casas de pedra, a pouco mais de uma hora de distância de carro do Porto, onde um antigo moinho ainda funciona.
Rendemo-nos ao silêncio, ao perfume do campo neste retiro que nos faz esquecer toda a agitação citadina com tamanha quietude que respiramos. Numa espécie de banheira circular, feita de madeira, ficámos com o corpo submerso até aos ombros enquanto imergimos e relaxamos na água a fumegar, a uma temperatura a rondar os 38 graus centígrados.
Manuela Lavinas, proprietária deste abrigo, com um cenário na natureza digno de um quadro de parede, começa por elencar os benefícios para a saúde destes banhos inspirados nas práticas do Japão e dos países nórdicos. Desde aliviar o stress, passando pelo relaxamento muscular até ao equilíbrio físico e mental, os dedos de uma mão não devem chegar para enumerar todos eles. Acabaríamos por nos render a esta experiência sensorial e até nos atreveríamos, já noite gelada, a repetir a imersão no ofurô, deixando para trás o lume quente da lareira da casa de pedra onde pernoitámos. À noite, todo este refúgio ganharia um novo estrelato a que não ficaríamos indiferentes.
Manuela aconselha-nos depois a banhar o corpo na água fria do riacho neste ritual ali mesmo ao lado de uma pérgula com duas marquesas que convidam a prolongar ainda mais o relaxamento com uma massagem feita com movimentos profundos, rodeados que estamos pelo verde da natureza num cenário de sonho.
Toda uma inusitada experiência a que turistas dos vários cantos do mundo também se rendem. Chegam de Espanha, França, Polónia, Canadá, Estados Unidos, Brasil, Austrália ou Coreia do Sul e, tal como nós, são surpreendidos ao acordar com um saco com pão fresco à porta de casa depois de uma noite neste refúgio na natureza.
A nós, bastou um dia para ali nos perdermos numa experiência sensorial… que incluiu ainda uma massagem, uma aula de ioga e um workshop de culinária em torno da “alimentação viva e consciente”.
No futuro, haverá por ali um passadiço com acesso direto ao “açude” do moinho, a que se soma ainda um salão para pequenos eventos, como conferências e outros rituais para revitalizar corpo e mente.
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