O Turismo no Centro de Portugal e os incêndios florestais

  • Raul Almeida
  • 26 Setembro 2024

Nas horas que se seguiram aos incêndios, a Turismo Centro de Portugal iniciou um levantamento dos danos, junto de empresas e autarquias. Impacto mais evidente no cancelamento e adiamentos de reservas.

Os incêndios florestais que afetaram o Centro de Portugal na passada semana trouxeram dor e destruição às nossas comunidades. As perdas humanas são irreparáveis e a nossa primeira palavra terá sempre de ser de sentidas condolências para com as famílias atingidas, e de solidariedade para com o esforço sobre-humano dos bombeiros e dos serviços de proteção civil.

Com fogos de tão grandes dimensões, temeu-se que a atividade turística fosse profundamente afetada, em particular nos distritos de Aveiro e Viseu, que foram os mais castigados pelas chamas. Nas horas que se seguiram aos incêndios, a Turismo Centro de Portugal iniciou um levantamento dos danos, junto de empresas e autarquias, o qual ainda está a decorrer. As informações preliminares dão conta de que, felizmente, as unidades turísticas diretamente atingidas pelas chamas foram menos do que as imagens deixavam antever. Os prejuízos foram mais evidentes no cancelamento e adiamento de reservas – e, certamente, nos recursos naturais atingidos, nomeadamente em percursos pedestres na natureza, um ativo turístico em que a nossa região é muito rica.

Sabemos que o Governo está a fazer a sua parte, procedendo a um levantamento detalhado dos danos e acompanhando os casos mais críticos. Está já prevista a criação de linhas de apoio específicas, tanto para o setor público como para o privado, que serão essenciais para a recuperação de infraestruturas e para o regresso à normalidade. Esperamos todos a maior celeridade neste processo.

O turismo de natureza tem sido uma das apostas mais promissoras da nossa região. Muitos empresários investiram os seus meios, o seu esforço e os seus sonhos neste produto turístico. Com os apoios necessários, estamos confiantes de que estas áreas afetadas não só irão recuperar, como poderão emergir mais resilientes e preparadas para enfrentar desafios futuros. É crucial que os apoios cheguem com a máxima urgência, não só para salvar empresas, mas para devolver a esperança às pessoas que tanto acreditam no potencial do turismo na nossa região.

É muito importante salientar, contudo, que a quase totalidade do território do Centro de Portugal sobreviveu a esta catástrofe, permanecendo uma região tão apelativa e acolhedora como sempre. Apesar das imagens trágicas dos incêndios terem circulado de forma intensa na comunicação social nacional e internacional, o Centro de Portugal mantém-se um destino tão seguro e extraordinário como sempre foi.

Continua a haver uma imensidão de razões para visitar o Centro de Portugal. O outono, que agora começou, é uma época do ano particularmente indicada para conhecer a região. Os trilhos na natureza, as aldeias históricas, do xisto e de montanha, as paisagens deslumbrantes, as áreas protegidas, os vibrantes centros históricos das cidades e vilas, os museus e monumentos, os sítios classificados como património da humanidade, a gastronomia e os vinhos, a cultura e o artesanato popular são apenas alguns dos argumentos que têm atraído, ano após ano, cada vez mais visitantes ao nosso território.

  • Raul Almeida
  • Presidente da Turismo Centro de Portugal

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