Moreira atento aos prazos da obra do metrobus

Rui Moreira avisa que vai estar atento ao cumprimento dos prazos da empreitada do metrobus cuja entrada em funcionamento está prevista para junho de 2024.

O município do Porto vai estar de olho no cumprimento dos prazos da obra do futuro metrobus, prevista para junho de 2024, para que não haja derrapagens e, como consequência, uma maior impacto negativo para a cidade, à semelhança do que ocorreu com a empreitada do metro. Mas dos constrangimentos, resultantes da obra esta zona ocidental, a cidade não se livra. Até porque, como diz o autarca Rui Moreira, “não há milagres. A Metro do Porto não pode fazer uma obra sem obra”.

“Nós vamos verificar que as obras demorem o menos tempo possível. Sabemos que a Metro também quer. Mas vamos ser bastante escrupulosos nessa matéria”, assegurou o autarca independente, à margem da apresentação do projeto para a ligação rápida de autocarros entre a Rotunda da Boavista e a Praça do Império.

Apesar de se dizer atento, Rui Moreira está otimista em relação ao cumprimento dos prazos deste projeto, que envolve um investimento na ordem dos 66 milhões de euros, financiado a fundo perdido pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). E que, por consequência, o Porto vai ganhar uma nova dinâmica com este novo transporte público em autocarro a hidrogénio verde e a circular em via dedicada na Avenida da Boavista e em conjunto com o restante tráfego na Marechal Gomes da Costa. “Acredito que esse tempo de obra vai-se cumprir. A exigência que a Câmara Municipal tem colocado e as preocupações relativamente à linha Rubi aplicam-se exatamente aqui”, frisou.

A linha Rubi é uma nova linha do Metro do Porto entre Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia) e Casa da Música (Porto), com passagem na estação ferroviária das Devesas, em Gaia. Já em novembro de 2022 o autarca manifestou-se preocupado com o “impacto profundamente negativo” da construção da nova Linha Rosa da Metro do Porto. Na altura, Moreira apontou os atrasos na frente de obra da Casa da Música (nos cais da Linha Rosa e da Linha Rubi) e na Galiza, onde vai ser construída uma nova estação.

Apesar de admitir que a empreitada do metrobus do Porto “vai causar alguns constrangimentos numa zona da cidade onde a pressão é hoje já muito grande”, Rui Moreira diz que “não há milagres”. Até porque, sustenta, “a Metro não consegue fazer obra sem fazer obra”. Por isso mesmo, a autarquia tem “vindo a trabalhar com a Metro do Porto no sentido de [a obra] causar o menor impacto possível, apesar de à partida se saber que [este] é um território que já está altamente sobrecarregado”. Mais, reitera o autarca independente: “A nossa preocupação é exatamente reduzir ao máximo o impacto que isto tem na vivência da cidade”.

Durante o lançamento desta empreitada, que arranca esta semana, o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, referiu ainda que “a ligação Boavista – Império vai demorar apenas 12 minutos e a viagem entre a Boavista e a Anémona terá uma duração de 17 minutos”. O responsável da Metro do Porto adiantou que o alargamento do metrobus à Anémona, em Matosinhos, vai representar “um aumento de cerca de 10 mil validações médias diárias anuais“, quando comparado com o projeto original que apenas previa ligação ao Império.

A obra vai decorrer em duas fases, uma relativa ao trajeto Casa da Música – Império que vai durar “cerca de 12 meses e terminará, tudo indica, em fevereiro” de 2024, e uma segunda etapa respeitante ao destino Anémona que deverá estar concluída em junho de 2024, com concurso público para sua construção a ser lançado durante este trimestre.

“Dentro de cada uma das fases, é dividida em várias sequências, no sentido de mitigar aquilo que são os efeitos de ocupação de um canal rodoviário de muita procura e fundamental para a cidade”, notou Tiago Braga.

A introdução de uma microrrotunda em frente à Casa da Música, necessária para que o autocarro a hidrogénio do metrobus faça a mudança de sentido em 30 segundos, é uma das novidades do projeto apresentado esta segunda-feira. Por terra ficou a ideia de construir uma rotunda entre as avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa. Ainda assim, vai obrigar à deslocalização do Monumento ao Empresário.

Para o presidente da câmara do Porto, “a resolução rápida da mobilidade na zona ocidental da cidade era absolutamente imperiosa“, passando a “resolver um dos grandes problemas que a cidade tem”. Rui Moreira acrescenta ainda que a ligação a Matosinhos sul era “absolutamente fundamental”.

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