Albergaria-a-Velha investe 15 milhões de euros até 2030 para alavancar economia local
Município de Albergaria-a-Velha investe 15 milhões de euros até 2030 na implementação da estratégia para o empreendedorismo e desenvolvimento económico do concelho.
A Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha vai investir 15 milhões de euros até 2030 na implementação da estratégia para o empreendedorismo e desenvolvimento económico do concelho. O plano é apresentado esta quinta-feira e contempla ações alicerçadas na promoção da indústria, valorização dos recursos endógenos e promoção do turismo sustentável, além da captação e fixação de capital humano.
“Alinhada com o paradigma da sustentabilidade, transição verde e digital, da competitividade e coesão do território, a Estratégia Albergaria 2030 responde aos desafios do presente e do futuro”, começa por afirmar o presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha. António Loureiro considera que “as grandes mudanças económicas e sociais exigem definir o planeamento das ações e investimentos a desenvolver, durante a próxima década”.
O município identificou duas dezenas de ações para pôr em prática, no terreno, no âmbito do empreendedorismo, inovação tecnológica e social, economia circular, valorização dos produtos, e recursos locais e sua biodiversidade. Assim como na captação e expansão de empresas, e na retenção, atração e qualificação de capital humano.
Estas ações exigem a articulação da autarquia com empresas do tecido empresarial, entidades locais do setor da economia social, e associações de natureza social, cultural, desportiva e recreativa. Além de escolas, agentes turísticos e universidades.
Alinhada com o paradigma da sustentabilidade, transição verde e digital, da competitividade e coesão do território, a Estratégia Albergaria 2030 responde aos desafios do presente e do futuro.
Para levar a bom porto esta meta, o município vai criar o Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Económico de Albergaria-a-Velha, constituído por stakeholders das mais diversas áreas. De acordo com a autarquia, a este Conselho compete a monitorização e avaliação da Estratégia e Plano de Ação Albergaria 2030.
Será ainda constituída uma equipa técnica permanente para apoio, acompanhamento e implementação do plano de ação, de forma a assegurar o cumprimento dos objetivos propostos deste plano estratégico.
Eixos de intervenção da estratégia
A Estratégia Albergaria 2030 assenta em três eixos de intervenção: empreendedorismo, desenvolvimento económico e capital humano. O objetivo é “otimizar os recursos e a resposta aos desafios, num espírito de cooperação e parceria entre as várias entidades com âmbito de intervenção no território”, explica o autarca do CDS/PP.
O município traça um perfil de Albergaria-a-Velha, dando conta que apresentava, em 2021, um saldo da balança comercial de cerca de 50 milhões de euros, com um volume de exportações na ordem dos 488,3 milhões de euros.
Ainda segundo a autarquia, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) de Albergaria-a-Velha cresceu cerca de 45%, entre 2009 e 2020. Em termos de posicionamento na região de Aveiro, o concelho ocupava, em 2020, a sexta posição, apresentando um VAB a rondar os 2,5 mil milhões de euros.
Dotar o concelho de um espaço industrial que responda às necessidades e procura de investidores, permitindo a fixação de novas empresas e a melhoria da competitividade das empresas instaladas é outro dos propósitos desta estratégia municipal.
O tecido empresarial de Albergaria-a-Velha é constituído sobretudo por empresas de comércio, reparação de veículos automóveis e motociclos (22%), empresas de atividades administrativas e de serviços de apoio (11,5%). Assim como empresas ligadas à produção animal, caça, floresta e pesca (9,9%) e outras da indústria transformadora (9,5%).
A criação de uma rede de embaixadores empresariais para potenciar o que de melhor se faz em Albergaria-a-Velha, ao nível do contexto económico e industrial, é outras das estratégias do plano a implementar até 2030. Estes serão os representantes do tecido empresarial, alavancando empresas e atividades económicas no contexto regional, nacional e internacional.
Entre as novidades desta estratégica está o programa de incentivos diferenciado para apoiar e acelerar a implementação das melhores ideias de negócio em áreas estratégicas como o empreendedorismo verde, a inovação social, inovação tecnológica e a economia circular que serão selecionadas por um painel de especialistas.
As grandes mudanças económicas e sociais exigem definir o planeamento das ações e investimentos a desenvolver, durante a próxima década.
A criação de uma “Academia Empreende +”, mediante a implementação de um programa de empreendedorismo nas escolas, e a aposta na modernização e criação de espaços de incubação inovadores, além de um programa para o empreendedorismo social são mais algumas das apostas da autarquia.
O município tira outro trunfo da cartola ao avançar com o “Programa “Albergaria + Empreendedorismo + Inovação” que visa o desenvolvimento de um conjunto de atividades que permitem estimular o empreendedorismo, a inovação e o aparecimento de novas empresas ou ideias de negócio.
Outra novidade deste plano consiste na criação de um serviço especializado e diferenciador, em formato físico e digital, de apoio ao empreendedor e ao empresário, dando apoio técnico de proximidade, denominado “Balcão Empreende +”.
O município quer ainda “apoiar a criação de empresas em áreas de negócio de base agrícola e gestão ativa da floresta, apostando, assim, no paradigma da transição verde e digital”. A ideia é incentivar a instalação de negócios competitivos e inovadores no concelho. Mas, para isso, também precisa de mão-de-obra qualificada e de fixar talento.
Outra das apostas incide na dinamização do mercado habitacional com o propósito de atrair e fixar população, dando mote a Albergaria-a-Velha como um “município de referência para viver e trabalhar“. Nessa linha orientadora, surge o programa “Habitar Albergaria” para promover o acesso à habitação, criando condições para o desenvolvimento de soluções habitacionais.
A apresentação do plano conta com participação de Paulo Portas, antigo vice-primeiro-ministro, que faz uma intervenção subordinada ao tema “Economia: perspetivas globais e políticas nacionais e locais em prol da competitividade das nossas empresas”.
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