Da gestão do e-waste à construção eficiente, conheça os vencedores do ClimateLaunchpad
Três startups portuguesas representam Portugal na "maior competição de ideias cleantech do mundo" com soluções que potenciam a redução do impacto negativo no ambiente.
Uma plataforma de transação, gestão e acompanhamento de e-waste (resíduos eletrónicos), um software de automação que otimiza a produção de produtos agrícolas de forma sustentável, e uma solução para a construção de edifícios mais eficientes. Estas são as três ideias vencedoras da final nacional do ClimateLaunchpad 2023 que vão representar Portugal na corrida europeia “da maior competição de ideias cleantech do mundo”, no último trimestre deste ano, avança a UPTEC — Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto.
Com o objetivo de encontrar soluções que potenciem a redução do impacto negativo no ambiente, entre as startups premiadas está o projeto da Santa Farm Technology que “repensa a agricultura através de um software de automação que permite otimizar a produção, e gerar soluções com baixo impacto ambiental, que coloquem produtos locais e sempre frescos à disposição da população”, descreve a UPTEC. Na prática, resume, “a solução controla todo o processo, desde a semente até à embalagem, com uma aposta na eficiência, sustentabilidade, no cultivo vertical e evolução contínua”.
A edição portuguesa ClimateLaunchpad 2023 é uma iniciativa da UPTEC, LIPOR e Fórum Oceano/Hub Azul, que também distinguiu a startup Simby e a build.ing. Esta última — desenvolve edifícios mais eficientes, na fase de conceção, para a indústria da construção — apostou na plataforma online de conceção construtiva que se debruça sobre as valências arquitetónica e estrutural de forma integrada. E recorre a técnicas de inteligência artificial, engenharia e arquitetura para a criação de modelos e estudos de desempenho energético com materiais de “pegadas ecológicas”.
Já a Simby desenvolve e gere uma plataforma de transação, gestão e acompanhamento de e-waste. Aposta numa economia circular na gestão destes resíduos, “permitindo que indivíduos e empresas vendam os seus dispositivos eletrónicos indesejados ou em fim de vida”, descreve a UPTEC.
Além de entrarem na corrida da final europeia para representar Portugal, os três vencedores vão ser incubados na UPTEC, durante quatro meses, assim como têm formação nas áreas de impacto, sustentabilidade e/ou marketing no valor de 1.000 euros. As startups distinguidas neste concurso também recebem vales de formação de 1.000 euros da Ordem dos Engenheiros – Região Norte, 16 horas de consultoria da Point Green Venture e S317 Consulting, entre outros prémios atribuídos pela Faber, Câmara Municipal de Matosinhos, Crowe, Prio, Galp, Smart Waste Portugal e Pacto Português para os Plásticos.
Na final portuguesa concorreram ainda as startups Amaze Warriors Consulting — com a proposta de melhoria da conectividade à rede de energia solar –, InBfusion — uma escova de dentes vitalícia e sustentável –, e a Smart LPG — uso de inteligência artificial na previsão de consumos de energia em África.
Ao todo, já se candidataram ao ClimateLaunchpad quase 14 mil ideias de negócio de 59 países desde que esta iniciativa arrancou em 2014.
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