Universidade do Minho e Super Bock criam fórmula “única” para produzir cerveja sem álcool

Nova receita para a cerveja sem álcool possui um paladar e fragrância idênticos à convencional, "possibilitando a sua futura comercialização", destaca a equipa de investigadores da academia minhota.

O centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho (UMinho), em parceria o grupo Super Bock e a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), criaram uma fórmula para produzir uma cerveja sem álcool que tem a particularidade de ter um sabor e paladar semelhantes à cerveja tradicional.

“Como resultado desta investigação foi criada uma nova receita para a cerveja sem álcool que possui um paladar e fragrância idênticos às convencionais e que satisfazem os requisitos organoléticos, possibilitando assim a sua futura comercialização“, explica o centro da academia minhota. Os investigadores estão confiantes no impacto que esta fórmula “pode vir a ter no mercado cervejeiro”.

Centro de Engenharia Biológica da Universidade do MinhoUniversidade do Minho

Para chegar a este resultado final foram estudadas e testadas novas abordagens de produção desta bebida, tentando ultrapassar as limitações que atualmente se enfrentam, sendo a mais crítica a diferença de aroma e sabor face à cerveja tradicional.

A Universidade do Minho explica que “através da utilização de leveduras não convencionais, que provêm de cerveja, mosto vínico ou até de solo, em conjugação com um processo inovador de fermentação em contínuo, foi possível obter um produto com características que correspondem às exigências do mercado: uma cerveja com pouco álcool, mas semelhante às que têm um teor alcoólico mais elevado”.

Foi também aplicada uma metodologia experimental desenvolvida pelo grupo de investigação da FCUP. “Esta permitiu, pela primeira vez, utilizar uma abordagem invitro completa e realista e que permitiu evidenciar as melhores leveduras para a produção de cerveja sem álcool”. Desta forma foi possível reduzir o tempo do processo fermentativo, diminuir o espaço utilizado para o fabrico e aumentar a produtividade.

O Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho conta com cerca de 400 investigadores de 20 nacionalidades. Só no último ano foram publicados 504 artigos em revistas internacionais de renome e foram obtidas 28 patentes, de acordo com informação oficial.

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