Governo confirma atraso nos pagamentos. Reembolso de faturas das agendas mobilizadoras começa “nas próximas semanas”
Governo confirma atraso no pagamento às agendas mobilizadoras do PRR, noticiado pelo ECO. Só "nas próximas semanas" deverão receber os primeiros 40 milhões em reembolsos de verbas já investidas.
As agendas mobilizadoras já receberam 545 milhões de euros em adiantamentos, revela o Ministério da Economia em comunicado. Confirmando a notícia avançada pelo ECO esta segunda-feira, ainda não foram feitos quaisquer pagamentos contra-fatura, que estavam prometidos para outubro. Na calha estão 40 milhões de euros, que deverão ser pagos nos próximos dias.
“No âmbito das Agendas Mobilizadoras para a Competitividade Empresarial, o IAPMEI já procedeu ao pagamento de 585 milhões de euros aos consórcios, estimando-se terminar o ano com pagamentos na ordem dos 700 milhões de euros”, calcula o Ministério liderado por António Costa Silva, adiantando que, “deste montante global, cerca de 40 milhões de euros correspondem a pedidos de reembolso sobre despesa realizada e submetida na primeira fase”, mas que ainda não foram pagos.
“A decisão destes pedidos de pagamento iniciou-se ainda em outubro, devendo o processo estar concluído nas próximas semanas”. Ou seja, as empresas ainda não foram ressarcidas dos investimentos feitos, tal como o ECO noticiou.
Alguns dos pedidos já foram submetidos em julho, assim que a plataforma ficou disponível. Recorde-se que o organismo liderado por Luís Guerreiro tinha dito que previa iniciar os pagamentos contra reembolso dos investimentos no âmbito das agendas mobilizadoras até ao final do semestre, depois de o ECO ter noticiado que não existia a plataforma onde as empresas poderiam comprovar os pagamentos feitos.
Por outro lado, “o prazo para a submissão das despesas da segunda fase foi prorrogado em 15 dias a pedido de vários consórcios, de modo a permitir que estes consigam reunir toda a informação necessária”, acrescenta o mesmo comunicado. O ECO já tinha avançado este prolongamento, que também foi justificado por problemas técnicos na plataforma.
Com o objetivo de chegar ao final do ano com 700 milhões de euros pagos às empresas, será possível “atingir uma taxa de 25% de execução financeira das Agendas Mobilizadoras contratadas, em linha com os planos de trabalhos associados, que na sua fase inicial contemplam essencialmente atividades de I&D”, acrescenta o mesmo comunicado. Atualmente, a taxa de execução de 17%, quando medida em função dos pagamentos aos beneficiários finais.
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