Albergaria-a-Velha reabilita antiga fábrica de papel com investimento de 7,5 milhões
Espaço da antiga Fábrica de Papel de Valmaior, uma das primeiras empresas industriais no concelho, vai albergar o futuro Museu e Arquivo Histórico dos Recursos Hídricos, que abrirá portas em 2027.
A Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha vai transformar a antiga Fábrica de Papel de Valmaior, que data de 1864 e está desativada desde 1992, no futuro Museu e Arquivo Histórico dos Recursos Hídricos. Numa parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), este espaço museológico envolve um investimento na ordem dos 7,5 milhões de euros e deverá abrir ao público em 2027.
Para o vice-presidente da câmara de Albergaria, Delfim Bismarck, o futuro Museu e Arquivo Histórico dos Recursos Hídricos “será um espaço de enriquecimento cultural e também de preservação ambiental”, numa aposta de valorização do património cultural e natural dos recursos hídricos.
Este novo equipamento é considerado “de grande relevância no que diz respeito à preservação e tratamento dos acervos históricos, no seu papel interativo junto da comunidade e na disponibilização dos arquivos para investigação”, sustenta. Este espaço museológico guardará peças e documentos datados de 1864.
Será um espaço de enriquecimento cultural e também de preservação ambiental.
Trata-se, por isso, de um “projeto nacional de grande dimensão” que vai nascer no edifício histórico da antiga Fábrica de Papel de Valmaior, que foi uma das primeiras empresas industriais a instalarem-se no concelho, “com a mais moderna maquinaria existente na Europa”.
A empresa chegou a empregar 120 trabalhadores, que transformavam caruma e serradura de pinheiro em papel, que depois era utilizado em diversas publicações periódicas e jornais como O Século, recorda o município.
O autarca Delfim Bismarck diz que são precisos “18 meses para estudos e dois anos para execução de obra”, devendo o museu estar a funcionar a partir de 2027.
Com uma área bruta de 2.300 metros quadrados (m2) o novo equipamento vai contemplar um núcleo museológico com espaço expositivo relacionado com a atividade da Fábrica de Papel, zona de acolhimento, além de depósito e arquivo (840 m2). Fazem ainda parte do projeto de arquitetura, a cargo da aNC Arquitetos, a criação de uma praça central exterior para o usufruto da comunidade da antiga Fábrica de Papel de Valmaior, assim como uma sala de leitura, espaços técnicos, gabinetes de trabalho, um pátio interior e uma zona verde nas margens do Rio Caima.
Também presente na sessão de apresentação deste projeto, o vice-presidente da APA, José Pimenta Machado, acrescentou, por sua vez, que se “avalia o nível cultural de um povo pela forma com trata a água e os rios”. Está convicto de que este “projeto ficará para a história“. A Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha e a APA celebraram, em 2023, um protocolo de colaboração para a criação do Museu e Arquivo Histórico dos Recursos Hídricos em Portugal.
Mas antes de avançar com as obras do museu, a autarquia vai já este ano reabilitar o Rio Caima, numa extensão de sete quilómetros, com a criação de cordões ecológicos que respeitem o ecossistema da zona ribeirinha, assim como a construção de um trilho pedestre.
“A nora vai ser também reposicionada na margem, que terá um anfiteatro e uma área pedagógica com «jogos de água», numa área que pretende estreitar a relação da comunidade com o rio”, resume o município no mesmo comunicado.
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