“Doutoramentos empresariais” da Business Roundtable atraem alunos para 40 grandes empresas portuguesas

Doutoramento permite aos alunos realizarem a investigação em ambiente empresarial real, numa das maiores empresas do país. Candidaturas às bolsas decorrem até 18 de abril.

A Associação Business Roundtable Portugal (BRP) anunciou esta sexta-feira uma iniciativa de “doutoramentos empresariais” com o objetivo de aproximar empresas e academia. Os alunos terão a oportunidade de realizar investigação em algumas das 40 maiores empresas do país.

A BRP identificou mais de 30 temas de investigação em áreas disruptivas, como energias renováveis, inteligência artificial, IoT, logística inteligente e robotização, cidades inteligentes, saúde e biotecnologia, passíveis de serem trabalhados nos associados, onde se incluem 40 das maiores empresas do país, caso da Bial, CTT, EDP, José de Mello, Outsystems, Simoldes e Violas.

Alinhada com programa de doutoramentos em ambiente não académico da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), esta “iniciativa oferece aos alunos a oportunidade de realizarem a sua investigação numa empresa da associação”. Os participantes deste programa podem beneficiar de bolsa de doutoramento da FCT. As candidaturas decorrem até 18 de abril.

Em comunicado, Associação BRP realça que com este programa “dá o seu contributo para alterar a realidade em Portugal, onde apenas 8% dos doutorados estão presentes nas empresas, um terço da percentagem registada nas economias mais inovadoras e competitivas da Europa, com consequências para o desenvolvimento e crescimento de Portugal”.

“O investimento em conhecimento e inovação é um fator determinante para a competitividade, crescimento e sucesso de qualquer país. A aposta neste programa de doutoramentos e na aproximação de doutorandos e empresas está, por isso, alinhada com o propósito da Associação BRP de valorização das pessoas e das empresas, e com a necessidade e urgência de criarmos mais valor e riqueza. Só assim será possível proporcionarmos mais e melhores oportunidades aos portugueses”, salienta João Bento, líder do grupo de trabalho inovação da Associação BRP e CEO dos CTT.

A aposta neste programa de doutoramentos e na aproximação de doutorandos e empresas está, por isso, alinhada com o propósito da Associação BRP de valorização das pessoas e das empresas, e com a necessidade e urgência de criarmos mais valor e riqueza.

João Bento

Líder do grupo de trabalho inovação da Associação BRP e CEO dos CTT

Os alunos têm a possibilidade de permanecer nas empresas durante o período do doutoramento, permitindo um contacto direto com o “terreno” e uma maior aproximação à realidade empresarial, existindo a possibilidade de ser estabelecido um vínculo laboral após a conclusão do programa, mediante interesse das partes.

“Ao integrar a empresa para o desenvolvimento da sua atividade de investigação, o aluno terá a oportunidade de contactar com o mercado nacional e global, incluindo a possibilidade de visitar e conhecer geografias internacionais onde a empresa esteja localizada, para aprofundar o seu trabalho. Além deste conhecimento e experiência prática, os doutorandos têm também a possibilidade de contactar com inúmeros líderes, gestores e especialistas, e construir uma vasta rede de contactos. Mas diria que o mais relevante será poderem aplicar o seu trabalho na prática, gerar impacto e contribuir para a transformação e crescimento das organizações e da economia”, acrescenta João Bento.

Na ótica da BRP, os doutoramentos empresariais representam uma “via de colaboração tripartida que beneficia todas as partes: “os alunos beneficiam de formação interdisciplinar avançada, as empresas passam a integrar investigadores de elevado perfil científico nas organizações e as universidades fortalecem a relação com o tecido empresarial”.

A Associação BRP é composta por 41 líderes de empresas e grupos empresariais de diferentes setores, geografias e fases de desenvolvimento. Em conjunto, acumulam receitas globais de 124 mil milhões de euros, 59 mil milhões a nível nacional, empregam 424 mil pessoas, 218 mil em Portugal e investem mais de 10 mil milhões de euros.

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