Adega de Monção atinge faturação recorde de quase 18 milhões de euros em 2023

Os mercados externos ajudaram a ultrapassar ligeira queda no negócio a nível nacional. A cooperativa cresceu, principalmente, nos mercados australiano e francês.

A Adega Cooperativa Regional de Monção bateu em 2023 um recorde de faturação de quase 18 milhões de euros, tendo crescido 22% no mercado internacional, com uma subida expressiva na Austrália (98%) e França (86%) face a 2022.

Apesar do difícil contexto económico internacional, o presidente da direção da Adega de Monção, Armando Fontainhas, está confiante no sólido posicionamento da marca nos mercados externos, que ajudaram a ultrapassar a ligeira queda sentida a nível nacional.

Os números falam por si: a cooperativa atingiu um valor histórico de faturação de 17.788.585,88 euros, contribuindo para o crescimento económico da região do Alto Minho, e cresceu 22% no estrangeiro face a 2022, principalmente nos mercados australiano (98%) e francês (86%). Seguem-se depois os mercados americano (57%), britânico (38%), e Países Baixos (3%). Israel, Áustria e Islândia também fazem parte do portefólio.

“É com orgulho e responsabilidade redobrada que encaramos estes resultados”, sustenta Armando Fontainhas. Ainda assim, é tempo de alguma cautela face à incerteza económica mundial. “O contexto internacional que vivemos causa-nos muita apreensão e exige-nos uma gestão ainda mais regrada e ponderada, mas continuamos convictos na força da marca e na qualidade dos vinhos que produzimos”, assinala.

“Os resultados alcançados permitiram distribuir mais de dois milhões de euros pelos cooperantes” da adega, completa. Já em 2022 atingiu um lucro bruto de 4,6 milhões de euros, acima dos 3,5 milhões registados em 2021.

O contexto internacional que vivemos causa-nos muita apreensão e exige-nos uma gestão ainda mais regrada e ponderada, mas continuamos convictos na força da marca e na qualidade dos vinhos que produzimos.

Armando Fontainhas

Presidente da Adega Cooperativa de Monção

Situada na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, na sub-região de Monção e Melgaço, onde a “rainha” é a casta Alvarinho, a Adega Cooperativa Regional de Monção foi fundada a 11 de outubro de 1958 por 25 viticultores. Atualmente, já são 1.720 os produtores associados com uma área de vinha de 1.237 hectares.

A adega, que tem vindo a arrecadar vários prémios, já lançou no mercado “o primeiro vinho monovarietal enlatado de toda a sub-região de Monção e de Melgaço” – o Alvarinho Vegan “Adega de Monção”. De olhos postos na sustentabilidade, a cooperativa minhota também investiu 1,5 dos dois milhões de euros do orçamento para 2023 “no robustecimento das condições de produção vitivinícola e num ambicioso programa de eficiência energética“.

Conta com vinhos com certificação vegan em toda a “cadeia de produção, desde a uva ao copo”, e engarrafados em garrafas mais leves e sustentáveis. Lançou uma nova garrafa sustentável, 20% mais leve, “que representa uma redução anual de peso de 100 toneladas e menos 36 toneladas de CO2 emitidos para a atmosfera”, contribuindo, desta forma, para a redução da pegada ecológica”, descreveu na altura da apresentação, Armando Fontainhas.

Além de “motor e dinamizador da economia e viticultura locais”, o vinho de Monção é também, sublinha este responsável, “uma montra das valências da região de Monção e Melgaço, do seu património que influencia a identidade dos vinhos que produz”.

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