Agendas mobilizadoras têm mais tempo para implementar projetos

Agendas devem concluir projetos em 36 meses, salvo se forem autorizadas a prorrogação do prazo pelo IAPMEI, mediante pedido fundamentado. Não podem exceder data limite de 31 de dezembro de 2025.

Os consórcios das agendas mobilizadoras vão ter mais tempo para implementar os seus projetos, embora tendo como limite a data de 31 de dezembro de 2025.

De acordo com a portaria publicada esta sexta-feira em Diário da República, dada a complexidade das agendas mobilizadoras que são financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estas deixam de estar limitadas a um prazo de 36 meses para serem concluídas, mas continuam a ter o limite temporal de 31 de dezembro de 2025. Caso contrário, poderiam comprometer a execução da bazuca, tal como o Jornal de Negócios (acesso pago) avançou na quarta-feira.

O Regulamento do Sistema de Incentivos “Agendas para a Inovação Empresarial”, aprovado em 2022, estabeleceu “como critério de elegibilidade dos projetos ter uma duração máxima de 36 meses e estar concluídos e com resultados concretizados até 31 de dezembro de 2025”, lê-se na portaria. “Atendendo ao grau de complexidade destes projetos e ao interesse estratégico na sua realização, afigura-se decisivo permitir o alargamento do prazo para a sua execução sem, contudo, comprometer o calendário de metas definido no Plano de Recuperação e Resiliência”, acrescenta.

Assim, as agendas devem “concluir o projeto no prazo máximo de 36 meses, salvo se for autorizada a prorrogação do prazo pelo IAPMEI, mediante pedido fundamentado do líder do consórcio, não podendo exceder o limite de 31 de dezembro de 2025″, define a mesma portaria.

Esta alteração deverá beneficiar 12 das 51 agendas mobilizadoras já contratualizadas, avançou o Ministério da Economia ao Jornal de Negócios, nomeadamente a agenda liderada pela Defined.ai ou o consórcio liderado pela Continental. A extensão do prazo irá ajudar também a resolver o resolver o problema de uma das duas agendas mobilizadoras que estão ainda por contratualizar — o consórcio Drivolution, liderado pela Faurécia, que substituiu a Volkswagen Autoeuropa, afastada por não cumprir o critério ambiental ao usar gás natural na pintura do T-Roc, como avançou o Público (acesso condicionado).

O ajuste referente à agenda Drivolution encontra-se em fase final de contratualização”, disse ao ECO fonte oficial do IAPMEI.

No PRR há 53 agendas mobilizadoras – 31 para a Inovação Empresarial e 22 agendas verdes –, que juntam 891 empresas e 225 universidades e recolhem um investimento de 7,7 mil milhões de euros, contando com um incentivo de 2,9 mil milhões de euros. O objetivo das agendas é acelerar a transformação estrutural da economia portuguesa, a diversificação e especialização de cadeias de valor nacionais, com metas objetivas em termos de investimento em I&D, exportações e emprego qualificado. As agendas vão criar 18 mil postos de trabalho, dos quais 11 mil são qualificados.

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